O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano III — Outubro de 1860.

(Idioma francês)

DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS.

Recebidas ou lidas na Sociedade por vários médiuns.

Progresso dos Espíritos.

(Médium – Sra. Costel.)

Os Espíritos podem avançar intelectualmente, se o quiserem sinceramente e com firmeza. Como os homens, têm o livre-arbítrio e o estado errante não lhes impede o exercício de suas faculdades; até auxilia, facultando-lhes meios de observação, de que podem aproveitar-se.

Os maus Espíritos não estão fatalmente condenados a permanecer como tais. Podem melhorar-se, mas raramente o querem, uma vez que lhes falta o discernimento e encontram uma espécie de prazer doentio no mal que praticam. Para que voltem ao bem é necessário que sejam violentamente impressionados e punidos, porquanto seus cérebros tenebrosos não se esclarecem senão pelo castigo.

Os Espíritos fracos, que não fazem o mal por prazer, mas que não avançam, são detidos por sua própria fraqueza e por uma espécie de entorpecimento, que paralisa suas faculdades; vão sem saber aonde; passa-se o tempo, sem que o avaliem; pouco se interessam pelo que veem, disso não tiram proveito ou se revoltam.

É necessário que o Espírito haja chegado a um certo grau de progresso moral para poder progredir na erraticidade; assim, esses pobres Espíritos frequentemente escolhem muito mal as suas provas; sobretudo procuram ficar o melhor possível na vida corpórea, sem se inquietarem muito com o que serão mais tarde. Esses Espíritos fracos aspiram ardentemente à reencarnação, não para se depurarem, mas para viver ainda. Os seres que fizeram muitas migrações são mais experimentados que os outros; cada uma de suas existências depositou neles uma soma de conhecimentos mais consideráveis; viram e retiveram; são menos ingênuos do que os que se encontram mais próximos do ponto de partida.

Os Espíritos que deixaram a Terra nela se reencarnam mais do que alhures, porque a experiência aí adquirida é mais aplicável. Quase não visam outros mundos, senão antes ou após o seu aperfeiçoamento. Em cada planeta as condições de existência são diferentes, porquanto Deus é inesgotável na variedade de suas obras. Entretanto, os seres que os habitam obedecem às mesmas leis de expiação e tendem todos para o mesmo objetivo de completa perfeição. [Vide na Revista de agosto de 1862: O planeta Vênus, ditado pelo mesmo Espírito e também: Observações Preliminares.]

Georges.


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