O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano V — Agosto de 1862.

(Idioma francês)

NECROLOGIA.


Morte da Sra. Home.

Lemos em o Nord, de 15 de julho de 1862:


“O famoso Sr. Dunglas Home passou por Paris  †  nestes dias. Pouca gente o viu. Acaba de perder sua mulher, irmã da Condessa de Kouchelew-Bezborodko. Por mais cruel que seja essa perda, disse ele que lhe é menos sensível do que para outro homem, não porque a amasse menos, mas porque a morte não o separa daquela que na Terra usava seu nome. Eles se veem e conversam com tanta facilidade como quando habitavam juntos o mesmo planeta.

“O Sr. Home é católico romano e sua esposa, antes de exalar o último suspiro, querendo unir-se ao marido numa última comunhão espiritual, abjurou a religião grega diante do bispo de Périgueux. Isto se passou no castelo de Laroche, residência do Conde de Kouchelew.”


O folhetim – pois é num folhetim, ao lado do Pré-Catelan, que se encontra esta nota – é assinado Nemo, um dos críticos que não pouparam zombarias aos espíritas e às suas pretensões de conversar com os mortos. Senhor, não é engraçado acreditar que aqueles a quem amamos não estão perdidos para sempre e que os reveremos? Não é ridículo, muito tolo e supersticioso acreditar que estejam ao nosso lado, que nos vejam e nos escutem quando não os vemos e que possam comunicar-se conosco? O Sr. Home e sua esposa se veem, conversam tão facilmente como se estivessem juntos. Que absurdo! E dizer que em pleno século dezenove, o século das luzes, haja pessoas bastante crédulas para acreditarem em semelhantes frivolidades, dignas dos contos de Perrault!  †  Perguntai a razão ao Sr. Trousseau. O nada, falai-me disto! eis o que é lógico! Temos mais liberdade de fazer o que queremos durante a vida. Pelo menos não tememos o futuro. Sim; mas onde está a compensação para o infeliz? – Nemo! Singular pseudônimo para a circunstância!


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