O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano XII — Outubro de 1869.

(Idioma francês)

O ESPIRITISMO POR TODA PARTE.


Cartas de Maquiavel ao Sr. Girardin.

De algum tempo para cá, o jornal Liberté vem publicando, assinados pelo Sr. Aimé Dolfus, uma série de artigos políticos sob a rubrica de: Cartas de Maquiavel ao Sr. Girardinn cujo espírito não nos compete analisar. Mas reconhecemos com viva satisfação que se os redatores do Liberté não são espíritas, são bastante hábeis para se servirem dos princípios do Espiritismo que possam interessar aos seus leitores. Certamente não se deve ver nessas cartas mais que uma forma, um produto da imaginação apropriado pelo autor às circunstâncias atuais. Nosso quadro e o objeto especial dos nossos estudos só nos obriga a reproduzir a seguinte passagem, que publicamos sem qualquer comentário, enviando nossos leitores, para mais amplos detalhes, à apreciação que delas fez o Sr. Allan Kardec, na comunicação intitulada: O Espiritismo e a literatura contemporânea. Citamos textualmente:


“Entre os poucos homens de vossa geração, que melhor souberam captar e assimilar minhas ideias, pôr em prática as minhas doutrinas, abandonar a política da paixão pela da conciliação, desprezar as formas governamentais para se fixarem no fundo das coisas, existe um cuja vida pública parece uma página isolada da história do meu tempo.

“Ele é meu contemporâneo quase tanto quanto vosso; é vosso amigo como foi meu amigo. Pela segunda vez permite-se uma missão de pacificação, representando um papel moderador cujo alcance e grandeza o século dezenove não parece adivinhar melhor do que os partidos do século dezesseis. Ele já tinha tentado, no tempo dos Médicis, o que acaba de tentar, com mais sucesso, sob os Napoleões. Antes de utilizar o nome que conheceis, senhor, e que não preciso escrever, ele se chamava François Guichardin.

“Historiador e homem de Estado em sua primeira encarnação, revelou-se, na segunda, orador de primeira ordem. Essas duas personalidades têm tantos pontos de contacto que creio poder confundi-las numa só.”


Liberté (4 de setembro de 1869.)


[A. DESLIENS.]



[1] Vide o jornal Liberté, números de 31 de agosto, 2 e 4 de setembro.


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