O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier, 100 anos de amor — Autores diversos


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Dois missionários

1 Caridade material e moral são os temas da noite.

2 E estamos em outubro, com a necessidade de lembrar dois heróis do Cristianismo: Allan Kardec e Francisco de Assis. 3 O primeiro foi explicador dos ensinos do Mestre e o segundo foi aquele que soube vivenciar o Evangelho. 4 Kardec, desde cedo, consagrou-se ao estudo e observando o fenômeno de cadeiras e mesas deslocadas, notou atenciosamente os resultados dos movimentos em derredor e, meditando sobre isso, na prece foi chamado pelo Espírito Verdade para organizar as idéias que todos esses eventos consubstanciavam e dedicou-se de tal modo à caridade moral que, de 1857 a 1869, em doze anos consecutivos, compendiou em livros e escritos outros a Doutrina Espírita que os todos nos beneficia, formando a primeira confraria e a primeira livraria para explicar os ensinamentos do Senhor. 5 Nunca se irritou com as pedradas e sarcasmos e sim nos deu o ensinamento dos livros que nos auxiliam a compreender nossos deveres e destinos, baseando-se nas lições e ensinamentos do Senhor e evidenciando a supremacia do Cristianismo, traçou a pergunta-resposta nº 625, em O Livro dos Espíritos, a mostra-nos no Divino Mestre o alvo a que todos devemos alcançar. 6 Partiu da Terra, trabalhando e escrevendo por amor ao Divino Amigo e a todos nós na Humanidade.

7 A ele, a nossa homenagem e o dever de seguir-lhe o exemplo santo.




8 Francisco de Assis nasceu de pais ricos, mas depois de alguns anos na primeira juventude em que abdicou a prazeres e companhias, sem apoio espiritual, voltou-se para o Evangelho e, advertido pelo progenitor sobre os seus gastos, devolveu-lhe as próprias roupas que vestia. 9 Aos quase vinte anos alistou-se na milícia de Gualtieri de Brienne,  †  no entanto em 1202, chamado a exercícios de guerra, revelou-se desatento aos movimentos de guerra, pois Gualtueri servira a um exército do Papa,  †  foi por esse comandante demitido, sob a pecha de covarde, mas tomado de amor a Jesus, vislumbrou o Mestre, à cuja frente se ajoelhou em oração. 10 Logo fundou a confraria formada por muitos companheiros e, em seguida a caminho revelado em Spoleto,  †  confirmou-se sua fé que desposara. 11 Organizando um tribunal de improviso, o Comandante que o desertara das fileiras, fez um rápido questionário afim de surpreendê-lo. 12 Do questionário destacamos somente estas perguntas, a fim de salientar-lhe a fé em Deus.

13 Perguntou o capitão da milícia de defesa do papa Inocêncio III,  †  indagando-lhe:

–  Então, agora você está livre?

14 Francisco respondeu:

–  Não livre para matar os meus semelhantes.

15 O Chefe revidou:

–  Não têm respeito às tradições de seu pai?

16 O interpelado respondeu:

–  A meu pai todo o meu apreço, entretanto, ele e eu temos o Pai que é Deus e não nos será possível esquecer isso.

17 –  E a sua responsabilidade perante o Papa?

18 Francisco alegou:

–  Venero sua Santidade, mas o meu rei morreu, há muitos anos numa cruz, coroado de espinhos.


19 E de 1205 até 3 de outubro de 1226 viajou, muitas vezes, com Frei Leão [Irmão Leo], em peregrinações para auxiliar doentes, especialmente leprosos, aos quais manifestava carinho paternal. 20 Depois da pregação comunicando o Evangelho às comunidades da Itália, do Egito e da própria Terra Santa, faleceu, quase nu na paróquia da Igreja de Santa Maria dos Anjos,  †  nos arredores de Assis.




21 São estes missionários, recordados agora, em 3 de outubro, nos anos 1869 e outro em 1226. A distância no tempo não lhes desfigura a grandeza e apresentamos o assunto para convidar-vos à fidelidade, ao trabalho, à tolerância e à persistência.

22 Que o Senhor nos abençoe e nos ensine a seguir-lhes os exemplos, porque este é o caminho dos que escolhem a caridade, o amor, a vida e a luz, a fim de estarmos hoje e sempre na sagrada presença de Jesus.


Bezerra de Menezes


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