O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Aceitação e vida — Margarida Soares


Capítulo 3

Pedro Leopoldo — 31-08-1936

1. — Ânimo e conquista.

1 Tenhamos o ânimo fortalecido para levarmos a bom termo todas as provações que a terra reserva a quantos a procuram para a conquista da felicidade espiritual.


2. — Doentes queridos.

1 Os amigos espirituais cooperam sempre com os nossos esforços no sentido de aliviar os doentes queridos.

2 Auxiliam-nos com o concurso espiritual para que as dores não perturbem em excesso o organismo depauperado e abatido de nossos enfermos.

3 Sustentemos a serenidade e continuemos pois, com a fé em Deus.


3. — Edificação íntima.

1 Reconheçamos que na terra não podemos esperar nenhuma alegria a não ser aquela que nasce da dor, isto é, do sentimento de edificação íntima, dentro do cumprimento exato e severo dos deveres que se acham aí afetos a cada personalidade.

2 Confiemos em Deus e saibamos aceitar com valor moral as suas sagradas determinações.


4. — A linha de conduta.

1 Se as expectativas ansiosas saturaram-nos a alma, saibamos afrontá-las com a calma requerida e a necessária serenidade.

2 Não nos desviemos dessa linha de conduta sabendo equilibrar o coração no centro de nossas obrigações sagradas de filhos, esposos e pais.

3 Contamos sempre com o auxílio fraterno de benfeitores espirituais em todas as oportunidades e conjunturas renovadoras, a estudar conosco as possibilidades novas e as mudanças benéficas do porvir.


5. — Luz em nossa estrada.

1 Seria ideal se reconhecêssemos a necessidade imperiosa de entregar-nos a um trabalho de profunda conciliação dentro do lar. 2 Conquanto sejam escassas as possibilidades dessa fusão de almas, pelas fundas incompreensões e incompatibilidades espirituais existentes entre as criaturas, mantenhamo-nos no objetivo maior de amarmo-nos uns aos outros como Jesus nos tem amado.

3 Quanto nos for possível, voltemo-nos para o lar, entregando o coração ao sacrifício, cheios de esforços novos para deliberarmos dignamente quanto a manutenção dos fragmentos de nossa alma, até que a misericórdia do Altíssimo faça luz, muita luz, em nossa estrada, integrando-nos na posse da verdadeira compreensão espiritual.


6. — Oração, trabalho e sacrifício.

1 Nós bem sabemos da posição da mulher em uma sociedade que, infelizmente, ainda representa com as suas praxes e preconceitos, um verdadeiro instrumento de provas para o indivíduo e, 2 considerando os laços afetivos dos filhinhos, o contágio dos exemplos, não nos abalançamos a sugerir qualquer atitude precipitada. Antes aconselhamos-lhe a oração, o trabalho e o sacrifício.


7. — Esforço pessoal e prece.

1 O ideal de buscarmos uma colocação, uma compensação ao esforço pessoal, é muito sagrado e santo aos olhos do Mais Acima, daí recomendarem-nos a preferência pela prece animadora, rogando ao Senhor nos ampare em nossos bons propósitos.


8. — Os tesouros da vida.

1 Nosso exemplo de renúncia no lar, ensina aos filhos o valor e o desprendimento; 2 nosso trabalho digno mostra a eles onde estão os maravilhosos tesouros da vida.

3 Deus há de ensinar-nos os passos e as aspirações. Ele que é todo misericórdia e todo Amor, nos protegerá com o manto de sua piedade infinita.


9. — As grandes realidades.

1 Enrijemos nossa enfibratura espiritual, compreendendo o quanto antes, e para nosso próprio benefício, as grandes realidades da vida.

2 Confiemos na bondade de Deus, e tudo o mais será conciliado de maneira a cumprirmos austeramente com os nossos deveres.

3 Mas fé, muita fé, pois o amor de Jesus há de nos amparar em todos os transes e dificuldades.

4 Que a paz do Divino Mestre seja uma bênção harmoniosa em todos os corações.


Margarida


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