O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Comandos do amor — Autores diversos


15


Na hora que passa

1 Irmãos, a paz de Jesus reine soberana entre nós.


2 O Espiritismo, no dia laborioso dos pioneiros, poderia ser uma fonte de consolações e surpresas, à frente de nossos olhos deslumbrados…
Era natural que assim fosse.


3 A sabedoria antiga voltava a felicitar-nos, no intercâmbio entre as duas Esferas, abrindo-nos horizontes diferentes no país das grandes revelações.

4 Infantis no conhecimento de ordem superior, éramos tolerados na indagação infindável e na curiosidade enfermiça que nos centralizavam a mente e o coração no verbalismo sem obras.

5 O tempo, no entanto, assinalou novas portas evolutivas em nossa jornada para diante.


6 A responsabilidade lançou raízes profundas em nossa vida, convertendo-nos a fé em abençoados compromissos de trabalho e a confortadora Doutrina que nos enriquece de bênçãos passou, de manancial do consolo isolado, à bendita construção espiritual, em que todos somos peças integrantes do serviço, em favor do progresso geral.


7 Antigamente perguntávamos.
Hoje é necessário fazer.


8 Em outro tempo experimentávamos.
Agora devemos ser experimentados no engrandecimento da vida na Terra.


9 Outrora, éramos exigentes no “receber”.
Atualmente, é imprescindível a nossa diligência para “dar”.


10 No princípio eram justos a expectação e o êxtase.
Na hora que passa, entretanto, somos obreiros convocados à edificação da fraternidade e da elevação entre os homens.


11 Grandes são as nossas oportunidades nos tempos modernos, em que a nossa instrumentação se mostra tão rica de dons para a vida eterna.


12 Nós, os espíritas cristãos, na segunda metade do século XX, somos servos conscritos à atividade incessante, com a aplicação dos imensos recursos recebidos do Alto.

13 Assemelhamo-nos a senhores abastados do ideal, com a obrigação de fugir à secura e à avareza, se quisermos encontrar, mais tarde, as compensações da verdade e do amor.

14 Nossas convicções são valores reais que precisamos distribuir, a benefício de todos; não somente, porém, com as palavras brilhantes, com as páginas inspiradas, com as promessas sublimes ou com os votos risonhos, mas, acima de tudo, com a demonstração prática de nossas experiências, de vez que apenas o orientador adequado produz roteiros adequados.


15 Ninguém nos conhece pelo que falamos e sim pelo que operamos.

16 Não somos amados pelo que ensinamos com a boca, mas sim pelo que realizamos com o coração.

17 Não somos conhecidos pelas teorias que esposamos e sim pelos bens ou pelos males de que somos portadores, na estrada em que seguimos, na companhia de quantos nos foram confiados pelo Senhor.


18 Façamos assim, do Espiritismo a carta de nossos deveres pessoais, à frente de Deus e da Humanidade, e não a mensagem que nos lisonjeie a expressão particularista de crentes, aprendizes ou simpatizantes da Grande Causa que cogita da redenção terrestre.


19 O nosso caminho está descerrado ao sol do Cristo.

20 Seguiremos para diante com a ação evangélica ou seremos esmagados pelo carro do progresso comum.

21 Agiremos com o bem ou perderemos tempo no mal.

22 Materializaremos o amor que o Mestre nos legou ou permaneceremos indefinidamente materializados no Círculo carnal, por séculos infindos.


23 Avancemos meus amigos.
Nosso ideal é serviço constante, nossa fé representa claridade divina e nossa esperança é caridade em ação.

24 Sigamos com Jesus, afastando-nos da retaguarda, e Jesus estará conosco na vanguarda de luz.


Modesto Lacerda


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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