O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Caderno de mensagens — Autores diversos


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Chico e Emmanuel

Assim falava-nos o Chico naquela noite, em que mais uma vez tínhamos a felicidade de estar perto dele.

— Em 1987 estava me recuperando de uma pneumonia muito forte, que me deixou muitas sequelas e diversas infecções do trato renal. Comecei então, a pensar como é que eu ia fazer para trabalhar. Nisso me apareceu o Espírito de Emmanuel e eu disse:

— O senhor imagina que eu agora estou com setenta e sete anos. Já me sinto muito velho e desgastado pela própria idade física. O senhor acha que, apesar da idade, vou poder continuar trabalhando mediunicamente e em especial na tarefa do livro?

Ele, então, me respondeu:

— Eu considero você como uma pessoa humana, a quem muito estimo, mas vamos imaginar que você é um burro que envelheceu puxando a carroça de entrega de cartas com mensagens, em nome de nossa fé em Jesus Cristo. Na condição do burro, você está realmente em grande desgaste, mas continuando o seu tratamento com os remédios humanos, faremos também por você o que pudermos, a fim de ajudá-lo. Nesse ponto do diálogo, ele fez um intervalo e falou assim:

— Também devemos considerar que é melhor trabalhar com um burro velho e doente que já nos conhece o sistema de serviço, do que colocar apressadamente conosco, os amigos desencarnados, um burro muito moço, equivalendo a um potro ainda bravo, capaz de quebrar a nossa carroça e complicar o serviço todo.


PÚBLIO LÊNTULUS E PAULO DE TARSO


1 — É verdade que Públio Lêntulus — nosso querido Emmanuel — conheceu o apóstolo Paulo, em Roma?

— A esse respeito você encontrará uma mensagem dele num dos livros de nosso amigo Clóvis Tavares.


Procurei e realmente encontrei no livro “Amor e Sabedoria de Emmanuel”, página 21, 2ª edição, Editora Calvário, uma mensagens psicografada pelo Chico, no dia 13 de março de 1940 e que transcrevo na íntegra:


2 “Lede as cartas de Paulo e meditai.

3 “O convertido de Damasco foi o agricultor humano que conseguiu aclimatar a flor divina do Evangelho sobre o mundo. 4 Muitas vezes foi áspero. A terra não estava amanhada e, se em alguns pontos oferecia leiras brandas e férteis, na maioria eram regiões em espinheiras e pedregulhos. 5 Paulo foi o lidador de sol a sol. Seu fervoroso amor foi a sua bússola divina. 6 Sua paixão no mundo, iluminada por sua dedicação ao Cristo, transformou-se na base onde deveria brilhar para sempre a claridade do Cristianismo.

7 “Conheci-o, em Roma, nos seus dias de trabalho mais rude e de provações mais acerbas. 8 Vi-o uma vez unicamente, quando um carro de Estado transportava o senador Públio Lêntulus, ao longo da Porta Ápia, mas foi o bastante para nunca mais esquecê-lo. 9 Um incidente fortuito levara os cavalos a uma disparada perigosa, mas um jovem cristão, atirando-se ao caminho largo, conseguiu conjurar as ameaças. 10 Avistamos, então, um pequeno grupo, onde se encontrava a sua figura inesquecível. 11 Trocamos algumas palavras que me deram a conhecer a sua inteireza de caráter e a grandeza de sua fé.

12 “O fato ocorria pouco depois da trágica desencarnação de Lívia e eu trazia o espírito atormentado. 13 As palavras de Paulo eram firmes e consoladoras. 14 O grande convertido não conhecia a úlcera que me sangrava no coração, todavia, as suas expressões indiretas foram, imediatamente, ao fundo da minh’alma, provocando um dilúvio de emoções e de esclarecimentos.

15 “Luzeiro da Fé viva, Paulo não pode ser olvidado em tempo algum. 16 Seu vulto humano é o de todo homem sincero que se toque de amor divino pelo Cordeiro de Deus. Lede-o sempre e não vos arrependereis”.


Emmanuel



(Extraído de CHICO DE FRANCISCO de Adelino da Silveira (CEU).


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