O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico no Monte Carmelo — Autores diversos — 1ª Parte


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Justificando

A extraordinária apresentação do Sermão do Monte por Jesus, foi inegavelmente o maior acontecimento coletivo em importância, que se tem notícia.

Dizem os Evangelistas, como em Mateus 4:25 — “E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e d’além Jordão numerosas multidões o seguiam”.

Mahatma Gandhi disse, com muita propriedade, que, “se se perdessem todos os livros sacros da Humanidade e só salvasse o SERMÃO DA MONTANHA (grifamos) nada está perdido”.


Hoje, muito mais que há quarenta anos atrás, bem mais amadurecida a nossa despretensiosa apreciação a respeito dos acontecimentos, guardadas as devidas proporções e sem qualquer ranço do fanatismo, tão distante e tão combatido pela doutrina dos Espíritos e pelo próprio Chico, a simplicidade em pessoa, dizemos que a doce presença de nosso Chico em nossa querida Monte, como carinhosamente, sempre na intimidade familiar a chamamos, faz revigorar mais e mais em nós a lembrança abençoada de Jesus, em nós os cultores da Consoladora Doutrina que tanto amamos. Eis porque o título desta obra “Chico no Monte Carmelo”. Repetimos, expressão intimista que o carmelitano saudoso por formação, sempre usa.

Lembramos, passadas quatro décadas, o que representou para cada um dos que tivemos a alegria de participar dos encontros do Natal de Jesus, nos anos seguidos de 1956 a 1959, com o Chico presente. Era a festa do coração, com irmãos de toda a redondeza: de Araguari.

Grande parte daqueles corações ali presentes era da gente simples da zona rural, a quem o Chico demonstrava o mesmo carinho, o mesmo afeto.

Jamais esqueceremos aqueles dias de intenso aprendizado cristão.

Quando em 1992, veio a lume a magnífica obra CHICO XAVIER MANDATO DE AMOR, do Departamento Editorial da União Espírita Mineira, ouvimos a querida e dedicada irmã, à época Presidente da Casa, hoje integrante do Conselho Deliberativo, dona Maria Philomena Aluotto Berutto, dizer que o Chico, dentro de sua proverbial postura elevada e sempre autenticamente cristã, diz que toda e qualquer página doutrinária psicografada dentro das casas espíritas, por ele, passa a constituir-se patrimônio da casa onde a mensagem foi recebida. Assim, tornou-se uma imperiosidade a organização da presente obra. Monte Carmelo, a cidade simpática e querida do Alto Paranaíba, que teve a felicidade de hospedar carinhosamente o Chico, tinha também em mãos um acervo do plano espiritual que deveria tornar-se público. Competia ao carmelitano dar publicidade, e de forma mais concreta, das páginas luminosas que o Plano espiritual, através do lápis operoso do Chico, nos ofertou.

Decorrido todo esse tempo, não se pode mais protelar essa responsabilidade, esse dever.

Com quarenta anos atrasados, estamos, com a graça de Deus, procurando “tirar a candeia debaixo do alqueire” e entregando ao leitor amigo páginas de luz.


Marival Veloso de Matos


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