O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Instruções psicofônicas — Autores diversos


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Na viagem do Mundo

Na noite de 1º de julho de 1954, o Grupo recebeu a visita de Dalva de Assis, n abnegada orientadora espiritual das tarefas doutrinárias de alguns dos componentes de nossa agremiação.

Com a sua palavra encantadora e simples, mostrou-nos como a sombra lança mão de vários subterfúgios para embaraçar-nos o passo, na conquista do aprimoramento espiritual, despertando-nos, ao mesmo tempo, para a rota cristã, a fim de que não nos falte a bússola da bondade e da fé, com a qual encontraremos o porto da Luz e da Verdade.


1 “Quem me segue não anda em trevas…” — prometeu-nos o Eterno Amigo. ( † )

2 Se avanças, assim, em companhia do Mestre, sob o nevoeiro do mundo, muitas vezes serás interpelado pela sombra, através daqueles que te palmilham a senda.


3 Em plena estrada, dir-te-á pelo rebelde:

— Perdão é covardia.

O ódio alimenta.

Incendeia o caminho.

Oprime e passa.


4 Dir-te-á pelo ambicioso:

— Não cogites dos meios para alcançar os fins.

Dar é tolice.

O interesse acima de tudo.

Mais vale um vintém na Terra que um tesouro nos Céus.


5 Exclamará para os teus ouvidos pela boca dos viciosos:

— Nada além da carne.

Come e bebe.

Goza o dia.

Embriaga-te e esquece.


6 Exortar-te-á pelo usurário:

— Não desdenhes a bolsa farta.

Serviço é privilégio da ignorância.

Migalha bem furtada, riqueza justa.

Ajuda a ti mesmo, antes que os outros te desajudem.


7 Dir-te-á pelo pessimista:

— Nada mais a fazer.

Que te importa o destino?

Não vale a pena…

Tudo é ilusão.


8 Exortar-te-á pelos filhos do orgulho:

— Jamais te humilhes.

O mundo é teu.

Nada além de ti mesmo.

Vence e domina.


9 Em teu santuário de serviço, dir-te-á pelo chefe:

 — Não reclames.

Obedece e cala-te.

Estou fatigado…

Não me perturbes.


10 Pela voz do subordinado, gritará, inquietante:

— Não te aproximes.

Não te suporto.

Pagar-me-ás a injustiça.

Maldito sejas.


11 E acentuará pela boca do companheiro:

— Desaparece.

Não me aborreças.

Estou farto.

A culpa é tua…


12 Em casa, dir-te-á pelos mais amados:

— És a nossa vergonha.

Enlouqueceste…

Que fizeste de nós?

Não passas de um fraco…


13 Mas, no imo dalma, escutarás a palavra do Senhor, na acústica do coração:

— Brilhe tua luz.

14 Ama sem exigência.

15 Serve a todos.

16 Ampara indistintamente.

17 Não desesperes.

18 Tem bom ânimo.

19 Ora pelos adversários.

20 Ajuda a quem te calunia.

21 Perdoa setenta vezes sete.

22 A quem te pedir a túnica, oferece também a capa.

23 Ao que te pedir a jornada de mil passos, caminha com ele dois mil.

24 Renúncia é conquista.

25 A dor é bênção.

26 Sacrifício é glória.

27 O trabalho é superação.

28 A luta é pão da vida.

29 A cruz é triunfo.

30 A morte é ressurreição.


31 Se souberes ouvir o Celeste Orientador, aprenderás servindo e servirás amando…

32 E, reconhecendo a tua condição de simples viajante no mundo, usarás, cada dia, a bússola da bondade e da fé, no divino silêncio, nutrindo a certeza de que aportarás, amanhã, sob a inspiração de Jesus, na grande praia da verdade, onde encontrarás, enfim, a tua Vitória Eterna.


Dalva de Assis


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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