O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Lealdade — Mensagens familiares de Maurício G. Henrique


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Novas cartas de Maurício

SÉTIMA CARTA n


Estou satisfeito, depois de quatro anos de luta e oração para libertar um amigo. (…) Acompanhamos, respeitosamente, a sessão no Tribunal no dia dois último.”


1 Querido papai José Henrique e querida mamãe Dejanira, peço me abençoem e rogo a Jesus abençoar-nos a todos juntos.

2 Minha alegria é uma luz fechada no coração, porque não tenho palavras para que saiam de mim. 3 Estou saudoso de casa, sinto falta dos pais queridos, lembro-me do nosso querido Wladimir e tenho as irmãs queridas no íntimo de minhas mais belas recordações, mas estou leve e contente.

4 Felicidade fica para depois, para quando chegar o dia de nos revermos todos na Vida Maior, onde a alegria não tem adeus.

5 Mas estou satisfeito, depois de quatro anos de luta e oração para libertar um amigo; José Divino sem culpa, estava entranhado em meus pensamentos. E agora vejo o companheiro isento de tantos embaraços, depois dos resultados graves de uma brincadeira.

6 Papai, muito obrigado, e muito obrigado, querida mãezinha Dejanira. Pais queridos, vocês tiveram a coragem de atender a um filho considerado vítima, quando só em ambos poderia encontrar, como encontrei, um lugar certo para colocar a verdade.

7 Meus pais me ouviram e me auxiliaram… Meu irmão e as minhas irmãs rezaram por minha paz e começo o mês de junho, de modo diferente daquele mês em que mergulhei no problema que me atribulou tanto tempo. 8 Pais queridos, ressentir-se alguém contra outro alguém, indispor-se a criatura em oposição a pessoas e fatos é próprio de toda gente, mas perdoar, com todo o coração, a pedido de um filho que sofria, a um amigo injustamente considerado em culpa, não é comum.

9 Por isso, peço a Deus, agora mais do que nunca, para que a paz e a felicidade morem conosco. Agradeço as preces de nossa querida Nádia. Todos os meus familiares oraram comigo e o amigo foi restituído à liberdade.

10 Acompanhamos, respeitosamente, a sessão no Tribunal, no dia dois último. Os amigos presentes me solicitaram não lhes mencionar os nomes, porque as decisões da Justiça nos merecem o maior apreço, e não seria justo estabelecer referências com sabor de publicidade. 11 Acompanhamos as atividades da solene reunião, em silêncio e prece. E as nossas petições para que o ambiente fosse iluminado pela confiança nos valores humanos mais elevados da Terra foram atendidas, graças a Deus. O amigo é também meu irmão.

12 Deus os recompense pelos braços amigos que me estenderam, avalizando os meus desejos.

13 Pai, onde o seu coração estiver pulsará o meu, seguindo-lhe os passos.

14 Mãe querida, onde estiver a sua presença aí permanecerei, com os meus votos a Jesus para que a sua bondade continue a ser para nós todos a nossa fonte de bênçãos.
Recebam as alegrias de meu descanso e de meu amor sempre maior.

15 Meu agradecimento a quantos nos souberam compreender e auxiliar, e que Deus nos abençoe.
Meus braços se alongam para demonstrar a cada amigo o meu reconhecimento.
Muitas lembranças a todos.

16 O Antônio Carlos Mundim, n o Henrique, o Izídio e outros companheiros estão em nossa companhia. Todos somos gratos aos Mensageiros do Alto com o maior respeito que somos capazes de sentir.

17 Recebam, papai José Henrique e mamãe Dejanira, com o abraço do vovô Henrique, presente conosco, muitos beijos de apreço e gratidão, amor e esperança do filho que nunca se separou de casa e que tem os dois por dentro do coração.

18 Sempre o filho agradecido,


Mauricio Garcez Henrique




OITAVA CARTA n


Querido irmão, estas páginas rápidas são suas.


1 Querida mãezinha Dejanira e querido papai José Henrique, peço-lhes me abençoem.

2 Estou feliz por me haverem atendido ao desejo, trazendo nosso querido Wladimir até aqui. Desejava que o irmão, sempre lembrado, se conscientizasse de que o nosso intercâmbio aqui é um movimento muito grande, abrangendo esclarecimentos e instruções, consolo e paz em socorro de muitos companheiros nossos da humanidade.

3 Os mais necessitados de apoio e tranquilidade, segundo nos ensinam, devem ter aqui a prioridade compreensiva. E como, por vezes, as nossas oportunidades para escrever são milimetradas no tempo, apesar do esforço para tudo recordar, a confiança do coração pratica por vezes algumas falhas no que se refere à memória.

4 Perdoe-me, querido Wladimir, se tenho fornecido a ideia de esquecimento. Você com todos os nossos estão em minha lembrança e quero com este recado abraçar a você com muito carinho e gratidão, por tudo quanto vem fazendo em benefício de nossa paz em casa e no auxílio aos queridos pais. Desculpe ao seu irmão se me empenhei numa campanha a favor de um amigo.

5 Não se impressione com apontamentos de rua. O coração do mano pede essa bênção a Deus e continuarei rogando a Jesus para que a paz esteja de novo com o amigo que não teve culpa alguma em meu regresso à Vida Espiritual. 6 Aliás, é preciso dizer que o José Divino nunca esteve aqui e nem nunca me pediu qualquer favor. O assunto é meu e agradeço aos queridos pais por me haverem compreendido.

7 Querido irmão, estas páginas rápidas são suas, são pensamentos de carinho do seu irmão que tanta bondade lhe deve.

8 Com o meu coração no coração de nossos pais presentes, rogo a você, irmão querido, receber um grande abraço do seu irmão agradecido de sempre,


Mauricio Garcez Henrique




NONA CARTA n


Temos aprendido tantos ensinamentos de amor e compreensão, que, por vezes, me sinto um homem amadurecido nas experiências do mundo.”


1 Querido papai José Henrique e querida mãezinha Dejanira, abençoem-me.

2 Orgulho-me do carinho com que marcham em minha companhia no ideal de liberar o amigo, que se vai fazendo, passo a passo. Penso na bondade de Deus que nos fez caminhar juntos nessa empreitada, sem desfalecer.

3 Temos aprendido tantos ensinamentos de amor e compreensão que, por vezes, me sinto um homem amadurecido nas experiências do mundo. Muitos foram os lances em que nos vimos desatendidos ou incompreendidos, no objetivo de auxiliar a um irmão que não nasceu em nossa casa e que, na verdade, nada, nada nos pediu.

4 Estamos satisfeitos com o novo degrau obtido na concretização de nossos desejos e agradeço-lhes, mais uma vez, o crédito que me proporcionaram.
Não nos aborreçam apontamentos de criaturas estranhas aos nossos corações.

5 Agradeço-lhes porque confiaram em minhas palavras e seguiram comigo para o trabalho a que nos empenhamos para ver o nosso amigo livre de culpas que intentaram criar em nosso nome.
Estou contente. Muito grato. n

6 Amigos nos recomendam prudência no trato do assunto, para que novas dificuldades não se destaquem no caminho direito, estabelecendo estradas tortuosas capazes de nos delongarem a chegada aos fins definitivos a que nos propomos.

7 Ficamos satisfeitos com o sorriso do nosso Wladimir e endereço a todos os nossos de casa os meus votos de paz e de conforto, esperança e alegria.

8 Querido papai José Henrique e querida mãezinha Dejanira, para os dois, um abraço com muitos beijos de reconhecimento e carinho do filho que lhes pertence, em nome de Deus,


Mauricio Garcez Henrique




DÉCIMA CARTA n


E, em ambos, personifico a gratidão que me vai no íntimo, na certeza de que entre a minha desencarnação e a minha paz interior mediaram seis anos de intensa e abençoada luta.”


1 Querida mãezinha Dejanira e querido papai José Henrique, Jesus nos fortaleça e nos abençoe.

2 Quase seis anos consecutivos! Tempo estreito para evolução mas tempo longo para a travessia das provas, em que nos compete demonstrar compreensão e trabalho com aquele Eterno Amigo da Humanidade, sentenciado à morte sem culpa.

3 Importante pensar que Jesus nos parece o Amor multiface, esclarecendo e vivificando a todos aqueles que o aceitam e seguem.

4 Cristo reconfortando os doentes, Cristo ensinando as diretrizes do Bem e Cristo esculpindo a renovação espiritual em cada ser humano.

5 Para nós, em família, desde 1976, tivemos de recorrer ao Cristo que absolve os inocentes nas mais altas normas do Direito Universal. Era um companheiro pronunciado sem culpa que me cabia socorrer. Um amigo e um irmão que, a sós comigo, encontrou o infortúnio de se ver sem outra testemunha senão eu próprio, já que não lhe pesava no espírito falta alguma!

6 Despertei para a verdade e compreendi. Abatido e acabrunhado ante a desencarnação violenta, esperei que as forças se me recompusessem e tão logo me observei tranquilo e forte na fé para compartilhar-lhe da defesa, por fidelidade natural ao bem que herdamos de nossos antepassados, com a fé cristã coloquei-me em campo a fim de trabalhar na causa que esposava.

7 Reconhecia-me cercado por afeições benditas, notadamente a do vovô Henrique, cujo devotamento me robustecia para as tarefas a que me propunha; entretanto, necessitava de ombros amigos e fortes no Plano Físico, nos quais me pudesse apoiar. E foram os pais queridos os meus companheiros da primeira página de recuperação da realidade até a última, na qual vimos o companheiro liberto de quaisquer acusações.

8 Creiam, papai e mamãe, que para recompor os meus próprios recursos, em companhia de outros amigos, visitei cárceres e hospitais, refúgios de isolamento e moradas de restauração, para conhecer os que jazem nesses lugares cumprindo árduas sentenças, e reconheci que, efetivamente, os maus não existem… Existem os infelizes, tantas vezes vítimas da própria agressividade exagerada ou dos próprios descuidos para consigo próprios, e ampliei minhas possibilidades de luta pela vitória do bem.

9 Hoje, quando a própria imprensa assinala o término do trabalho defensivo com a vitória da verdade, agradeço-lhes a confiança com que honraram as esperanças e os créditos de que me revestiram a fim de persistirmos com o bem até o fim. 10 Não importam calhaus que tenhamos encontrado ao longo dos caminhos percorridos. Importava reabilitar uma vida e, diante de semelhante tarefa, não vacilaram ambos em seguirmos juntos. Sei que, muitas vezes, não apenas o suor da preocupação lhes banhou os tecidos da alma, mas também assinalei as lágrimas que verteram ao peso das interpretações infelizes.

11 Agora, estamos felizes com a felicidade de um companheiro que nada fizera para ser infeliz. Louvado seja Deus!

12 Venho com o meu avô externar-lhes meus agradecimentos, porque um novo dia brilha para nós. Cumprimos o nosso dever perante Deus e rogamos a Deus nos abençoe.

13 Sou grato a quantos nos estenderam braços amigos para a complementação da empresa de libertação a que me refiro e, em ambos, personifico a gratidão que me vai no íntimo, na certeza de que entre a minha desencarnação e a minha paz interior mediaram seis anos de intensa e abençoada luta.

14 Na pessoa de nossa Nádia, estendo o meu reconhecimento aos irmãos queridos que se nos fizeram apoio e incentivo ao trabalho, agora sob a luz de abençoado remate. E, conquanto me reconheça na condição de filho devedor, felicito-lhe a capacidade de compreender e colaborar para a Vitória da Justiça e do Bem.

15 Estas páginas pobres me retratam o coração que lhes pertence e mais uma vez lhes beijo as mãos corretas e felizes, pedindo a Jesus para que os engrandeça nas alegrias da vida e do lar que edificaram para benefício de todos nós, aqueles que tivemos o privilégio de receber-lhes o exemplo e o carinho na condição de filhos e companheiros para sempre.

16 Recebam, querido papai Henrique e querida mãezinha Dejanira, todo o amor e todo o reconhecimento do filho e amigo de todos os instantes, sempre o filho sempre grato,


Mauricio Garcez Henrique




DÉCIMA PRIMEIRA CARTA n


Temos aqui um templo de mães e filhos, no diálogo incessante do amor que nunca desaparece.”


1 Querida mãezinha Dejanira, abençoe-me.

2 Estamos unidos no prosseguimento do nosso ideal de renovação íntima para a obtenção de uma existência melhor.

3 Compreendo que a reunião não comporta assuntos particulares; entretanto, temos aqui um templo de mães e filhos, no diálogo incessante do amor que nunca desaparece. 4 Em minha companhia está o nosso companheiro Lúcio Dallago, n que nos recomenda transmitir aos pais queridos as suas notas de ternura e confiança; 5 temos o nosso amigo Henrique Gregoris, que solicita ao seu carinho torná-lo presente junto à nossa irmã Augustinha, n em longo tratamento de saúde, de modo a que nossa irmã se certifique de que ele continua fiel, na vigilância afetuosa com que lhe acompanha a recuperação gradativa; 6 e contamos ainda com o nosso irmão Izídio, n que nos recomenda uma visita carregada de abraços à mãezinha dele, nossa irmã D. Leila, que se encontra igualmente sob assistência médica incessante, no encalço da restauração das forças orgânicas.

7 E eu tomo o lápis a fim de repartir-lhe extensivamente a meu pai e aos irmãos a nossa alegria de caminharmos juntos na estrada nova em que procuramos acesso aos cimos da melhoria espiritual, porquanto é cedo para nos candidatarmos à sublimação. 8 Estamos pavimentando os caminhos que nos cabe percorrer e sou feliz por viver na saudade e na esperança dos pais queridos, de vez que em meu íntimo acontece o mesmo fenômeno de associação permanente.

9 Mãezinha Dejanira, não há dificuldade que o amor não consiga vencer através do veículos da paciência e da humildade, da tolerância e do perdão. Entendo que os nossos problemas, por vezes, surgem algo mais inquietantes; no entanto, podemos reconhecer por nós mesmos que o poder invisível da Divina Providência sempre nos visita de inesperado, em forma de ingredientes para a solução pacífica de todas as questões que se nos figuravam complicadas e insolúveis.

10 Que a saudade nos sirva de agente para a nossa ligação recíproca, e que em todas as nossas permutas de pensamento possamos conservar a coragem de esperar por Jesus para liquidação de todos os obstáculos, que por força de nossas provas necessárias nos venham a surgir.

11 Aqui permanece o meu coração conversando com a sua bondade e com a bondade de meu pai, diálogo esse no qual nunca nos cansaremos de nossa gratidão a Deus. Receba querida mãezinha Dejanira, com o papai José Henrique, todo o coração de seu filho reconhecido


Maurício Garcez Henrique



[1] Sétima Carta — Psicografada por Francisco C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, a 6/6/1980, em Uberaba, Minas.
As Notas e Identificações coligidas pelo organizador do livro, Hércio Arantes, foram reunidas no último capítulo desta versão digital.


[2] Oitava Carta — Psicografada por Francisco C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 25/10/1980, em Uberaba, Minas.


[3] Nona Carta — Psicografada por Francisco C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 7/11/1980, em Uberaba, Minas.


[4] Décima Carta — Psicografada por Francisco C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 14/5/1982, em Uberaba, Minas.


[5] Décima primeira Carta — Psicografada por F. C. Xavier, em reunião pública do GEP, na noite de 31/8/1982, em Uberaba, Minas.


Hércio Arantes


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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