O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Luz na Escola — Autores diversos


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Homem-verme n


  1 Desolação. Terror e morticínio.

  O homem sôfrego e bruto, de ânsia em ânsia,

  Sofre agora a sinistra ressonância

  De sua inclinação para o extermínio.


  2 É o doloroso e trágico domínio

  Do «homo homini lupus» da ignorância. n

  Exaltando a vaidade sem substância,

  Ídolo podre sobre o esterquilínio.


  3 Por toda a parte, escorre o sangue horrível,

  Ao crepitar de rúbidos incêndios,

  Sobre a ideia cristã medrando em germe.


  4 Em quase tudo, o pântano terrível,

  De lodo e lama, em sombra e vilipêndios,

  Atestando as vitórias do homem-verme!


Augusto dos Anjos



[1] E o lápis-relâmpago de Chico Xavier continua a deslizar, veloz, sobre o papel. E veio-nos mais este soneto inconfundível do poeta do “Eu”.


[2] A expressão latina homo homini lupus, significa “o homem é um lobo para o homem”.


Essa mensagem foi também publicada pela FEB, é o 25º soneto do 15º capítulo do livro “Parnaso de Além-Túmulo


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