O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Evangelho por Emmanuel — Volume V — 2ª Parte ©

Textos paralelos de Atos dos apóstolos e Paulo e Estêvão

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Os sete auxiliares dos Apóstolos

1 Naqueles dias, multiplicando-se os discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no serviço diário. 2 Os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus para servir [às] mesas. 3 Irmãos, selecionai, dentre vós, sete varões atestados, cheios de espírito e sabedoria, os quais constituiremos sobre esta necessidade. 4 Nós perseveraremos na oração e no serviço da palavra. 5 A palavra foi agradável à vista de todos da multidão, e escolheram Estêvão, varão cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia, 6 os quais se colocaram de pé ante dos Apóstolos, que, orando, lhes impuseram as mãos. 7 A palavra de Deus crescia e se multiplicava enormemente o número de discípulos em Jerusalém; numerosa multidão de sacerdotes obedecia à fé . — (Atos 6:1-7)


34 A casa dos apóstolos, em Jerusalém, apresentava um movimento de socorro aos necessitados cada vez maior, requerendo vasto coeficiente de carinho e dedicação. Eram loucos a chegarem de todas as províncias, anciães abandonados, crianças esquálidas e famintas. Não só isso. À hora habitual das refeições, extensas filas de mendigos comuns imploravam a esmola da sopa. Acumulando as tarefas com ingente sacrifício, João e Pedro, com o concurso dos companheiros, haviam construído um pavilhão modesto, destinado aos serviços da igreja, cuja fundação iniciavam para difundir as mensagens da Boa Nova. A assistência aos pobres, entretanto, não dava tréguas ao labor das ideias evangélicas. Foi quando João considerou irrazoável que os discípulos diretos do Senhor menosprezassem a sementeira da palavra divina e despendessem todas as possibilidades de tempo no serviço do refeitório e das enfermarias, visto que, dia a dia, multiplicava o número de doentes e infelizes que recorriam aos seguidores de Jesus como a última esperança para os seus casos particulares. Havia enfermos que batiam à porta, benfeitores da nova instituição que requeriam situações especiais para os seus protegidos, amigos que reclamavam providências a favor dos órfãos e das viúvas.


35 Na primeira reunião da igreja humilde, Simão Pedro pediu, então, nomeassem sete auxiliares para o serviço das enfermarias e dos refeitórios, resolução que foi aprovada com geral aprazimento. Entre os sete irmãos escolhidos, Estêvão foi designado com a simpatia de todos.

Começou para o jovem de Corinto uma vida nova. Aquelas mesmas virtudes espirituais que iluminavam a sua personalidade e que tanto haviam contribuído para a cura do patrício, que o restituíra a liberdade, difundiam entre os doentes e indigentes de Jerusalém os mais santos consolos. Grande parte dos enfermos, recolhidos ao casarão dos discípulos, recobraram a saúde. Velhos desalentados encontravam bom ânimo sob a influência da sua palavra inspirada na fonte divina do Evangelho. Mães aflitas buscavam-lhe o conselho seguro; mulheres do povo, esgotadas pelo trabalho e angústias da vida, ansiosas de paz e consolação, disputavam o conforto da sua presença carinhosa e fraterna.

Simão Pedro não cabia em si de contente, em face das vitórias do filho espiritual. Os necessitados tinham a impressão de haver recebido um novo arauto de Deus para alívio de suas dores.


Emmanuel



(Paulo e Estêvão, FEB Editora. Primeira parte. Capítulo 3, página 63. Indicadores 34 e 35)


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