O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Pétalas da primavera — Autores diversos


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Médiuns e definições n

1 Mediunidade, a rigor,
Sobre a Terra onde se estira
É um talento que o Senhor
Tanto empresta, quanto tira.

Chiquito de Moraes


2 Em minha longa jornada,
Guardo esta nota do bem:
Mediunidade trancada
Não auxilia a ninguém.

João Brígido


3 Médium que deixa o serviço,
Dizendo ter cruz na estrada,
Entra em novo compromisso
E encontra cruz mais pesada.

Juvenal Galeno


4 Médium feito que cai fora,
Largando o encargo que é seu,
Sai do mundo antes da hora
No tempo que recebeu.

Lulu Parola


5 Médium que é dono da bola
E diz que é dono da praça
Parece cuca de sola
Cheia de bomba e fumaça.

Jair Presente


6 O médium que vive à-toa
E por pouco se envaideça
Pode ser grande pessoa
Mas tem grilo na cabeça.

Jaks Aboab


7 Entre o Céu e a Natureza,
Médium que não se degrade
Parece uma luz acesa
No escuro da Humanidade.

José Albano


8 Nobres médiuns que conheço
Ao defini-los não erro:
São baús cheios de ouro
Com cadeados de ferro.

Lobo da Costa


9 Médium de muita cultura
Que viveu no lero-lero
Quando vara a sepultura
Caminha na estaca zero.

Cornélio Pires


10 Muito médium que começa
Em prosas e fantasias,
Acaba sempre em promessa
E fogo de poucos dias.

Carlos Gondim


11 A trabalhar no caminho,
Junto de médium sem fé,
É melhor sofrer lobinho,
Bexiga ou bicho de pé.

Manoel Serrador


12 O médium que vira ateu,
Desde a moça até o macho,
É terra que já morreu,
Bananeira que deu cacho.

Leandro Gomes de Barros


13 O médium que não se apronta
Para servir por amor
Um dia fica por conta
De Espírito obsessor.

Casimiro Cunha


14 Médium sem freio em ação
Que fala sem taramela
Tem coisa de caminhão
Disparado na banguela.

Juca Muniz


15 Quando trabalha e se alteia
Mediunidade é troféu
No coração que semeia
Os pensamentos do Céu.

Mário Silveira



[1] Esse capítulo é muito singular, ele apresenta trovas de diversos trovadores mas que possuem muita semelhança com as de Leandro Gomes de Barros do 10º capítulo da 1ª parte do livro Mais vida, publicado em 1982. Confira as trovas nos dois livros: Trova 1 do Mais vida com trova 9 desse capítulo; trova 2 com trova 1; trova 3 com trova 3; trova 4 com trova 10; trova 5 com trova 2; trova 6 com trova 4; trova 7 com trova 6; trova 9 com trova 13; trova 10 com trova 14; trova 11 com trova 8; trova 12 com trova 7. Eu sinceramente acredito que as trovas aqui subscritas por vários trovadores são as originais e não as que foram supostamente subscritas por Leandro G. de Barros no supracitado livro; apesar de, por razões desconhecidas, o mesmo conteúdo, um tanto diferenciado, ter sido inserido com outra titularidade em publicação anterior. Desculpem-nos, mais isso não nos parece uma simples coincidência.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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