O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Poetas redivivos — Autores diversos


69 n


Culpa e resgate

  1 — “Morte ao mouro na roda! Eu, Marquês, determino!…”

  Bradava Dom Vidal, de flórea platibanda.

  E, de cabeça em fogo, a vítima demanda:

  — “Valei-me, ó Tribunais do Socorro Divino!”


  2 Outros mouros se vão, a regalos de sino…

  Um dia, Dom Vidal, enquanto se desmanda,

  Vê a morte chegar… Cede-lhe à força branda,

  Mas, liberto da carne, é um louco sem destino.


  3 Correm tempos de dor… O fidalgo violento

  Renasce em provação!… Penúria, sofrimento…

  Paranoico e obsesso, exibe pompa espúria.


  4 Alucinado agora, em tugúrio singelo,

  Proclama: “Eu sou Marquês!… Quem roubou meu castelo?”

  Depois tomba na laje em acessos de fúria…


Valentim Magalhães


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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