“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” — PAULO (Romanos, 12.21)
1 Comumente empregamos a expressão “guerrear o mal”, como se bastassem nossas atitudes mais fortes para exterminá-lo e vencê-lo.
2 Sem dúvida, semelhante conceituação não é de todo imprópria, porque, em muitas circunstâncias, para limitá-lo não podemos dispensar vigilância e firmeza.
3 Ainda assim, muitas vezes, zurzindo-lhe as manifestações com violência, criamos outros males a se expressarem através de feridas que apenas o bálsamo do tempo consegue cicatrizar.
4 O apóstolo, contudo, é claro na fórmula precisa ao verdadeiro triunfo. “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.”
5 Perseguir, quase sempre, é fomentar.
6 O melhor processo de extinguir a calúnia e a maledicência é confiar nosso próprio verbo à desculpa e à bondade. 7 O recurso mais eficiente contra a preguiça é o nosso exemplo firme no trabalho constante. 8 O meio mais seguro de reajustar aqueles que desajudam ao próximo é ajudar incessantemente. O remédio contra a maldição é a bênção. 9 Os antídotos para o veneno da injúria são a paz do silêncio e o socorro da prece.
10 Por isso mesmo, Jesus ensinou:
“Amai os vossos inimigos. ( † )
“Bendizei os que vos maldizem. ( † )
“Orai por aqueles que vos maltratam e caluniam. ( † )
“Perdoai setenta vezes sete. ( † )
“Ofertai amor aos que vos odeiam.” ( † )
11 Podemos, pois, muitas vezes, combater o mal para circunscrever-lhe a órbita de ação, mas a única maneira de alcançar a perfeita vitória sobre ele será sempre a nossa perfeita consagração ao bem irrestrito.
Emmanuel
(Reformador, maio de 1957, página 114)