O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Rumos da vida — Autores diversos


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Variações sobre a morte

1 A morte, caminho afora,
Para quem cumpre o dever
Tem a beleza da aurora
No instante do amanhecer.

José Albano


2 Não acumules. Trabalha.
Sustentando o bem comum.
Na verdadeira mortalha
Não existe bolso algum.

Sylvio Fontoura


3 Trabalho ativo sem pressa.
Repouso em doses normais.
A morte sempre começa
Quando o descanso é demais.

Noel de Carvalho


4 Posse que a morte nos lega
É a posse que vejo aqui:
Cada Espírito carrega
Aquilo que fez de si.

Américo Falcão


5 Muita rosa de carinho
Na sepultura de alguém,
Às vezes, é muito espinho
Naqueles que estão no Além.

Boris Freire


6 Aqui no Além é que cola
Esta nota desabrida:
Quanto mais dono da bola,
Tanto mais doido da vida.

Augusto Cezar


7 No mundo, o dia revela
Sempre mais altos caminhos,
Mas o tempo, noite a noite,
Traz a morte aos pedacinhos.

Pedro Silva


8 Na morte, o pior que eu acho,
Na cena que desanima,
É o cheiro de flor por baixo
E o pano roxo por cima.

Jair Presente


9 A morte de muita gente,
No auge da caminhada,
Quando surge, de repente,
É uma bênção disfarçada.

Ormando Candelária (IRMÃO)


10 Morrendo, o avaro Garcia
Rogava passe ao Romeu,
Mas a morte repetia:
— “Quem passa agora sou eu.”

Cornélio Pires


11 A morte traz dois tormentos
Para os irmãos usurários:
O logro dos testamentos
E a luta dos inventários.

Belmiro Braga


12 Dizem que a flor da saudade,
Flor de angústia e desconforto,
Nasceu do pranto materno
Na campa de um filho morto.

Juca Muniz


13 Finados? Não sei agora
Onde os livres e os cativos,
Se entre os vivos que estão mortos,
Se entre os mortos que estão vivos.

Félix Araújo


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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