O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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Sobre Alcione

(I)

27|08|1941


1 Meus filhos, Deus abençoe a vocês, proporcionando-lhes muita tranquilidade e saúde.

2 Aqui me encontro para as nossas preces costumeiras e para os nossos votos recíprocos de paz. Graças à Bondade Divina, sinto o coração tomado de bom-ânimo e de santas esperanças, e isso representa enorme alegria para mim, pois tenho necessidade de forças para atender ao meu roteiro de serviços singelos junto dos nossos. Encontrarmo-nos em espírito aqui, nestas orações sinceras de nossa alma, meus filhos, constitui um tesouro para o meu coração! A harmonia de relações entre o plano terrestre e o espiritual depende do encarnado desejar esse intercâmbio, como deve ser feito.

3 Muitos se dirigem aos seus centros de prece almejando o contato direto com a personalidade humana que a morte do corpo transformou, e isso nunca é possível. É indispensável levar em conta as renovações havidas. O homem que estacionava na Terra surgia apenas em parte. Suas ideias do momento, terreno, não podem perdurar num cenário onde todos os valores se modificam, e a penosa dificuldade para os espíritos comunicantes é justamente a de se revelarem, atendendo a caprichos dos que ficam, desatendendo às próprias necessidades. Compreendem vocês a razão de minhas palavras? Isso há de ser muito importante para o geral das comunidades espíritas, quando procurarem entender a essência de nossas atividades, como criaturas de outro Plano.

4 Trago-lhes hoje as recordações afetuosas de Célia, que trabalha por nós todos nas esferas do Cristo. Venho acompanhando com muita simpatia e esperança o esforço de Emmanuel para fornecer aos discípulos do Evangelho uma nobre expressão de seus nobres exemplos no mundo.  n

5 Não tenho permissão, meus filhos, para falar-lhes a esse respeito, podendo, entretanto, afiançar-lhes que em sua volta aos círculos terrestres, em gloriosa tarefa de amor, Célia não foi menos sacrificada e nem menos bela na sua glória espiritual que na experiência da época adrianina. Depois de lutas ingratas nas regiões espanholas, o grupo familiar necessitava desse impulso. Seu coração não hesitou em regressar para reunir novamente as dracmas do amor infinito de Cristo. Suas mãos balsamizaram feridas dolorosas e rudes, e seus exemplos atenuaram terríveis consequências de nossos desvios clamorosos. E não somente se restringiu sua atividade ao grupo doméstico e muito amado, mas também iluminou, como aconteceu há dezenove séculos, os círculos de trabalho cristão, proporcionando-lhes nova vida.

6 Não sei se receberemos a dádiva das notícias detalhadas, em letras humanas, da experiência que nos serviu de muito aos dias do porvir. Caso isso aconteça, regozijo-me por vocês e pelos que terão oportunidade de conhecer um coração heroico, decidido aos serviços de Jesus antes de qualquer cogitação de felicidade transitória.

7 Para a Wanda, Maria, o receitista aconselhará alguma coisa. Sua ideia é digna de atenção, pois um leve reconstituinte do sistema nervoso lhe fará grande bem ao estado geral.

8 Por hoje, filhos, deixo-lhes o meu boa noite, muito afetuosamente.

9 Viana cumprimenta a vocês e agradece.

10 Que Deus lhes conceda muita paz e saúde, são os rogos do papai que os envolve num só abraço,


A. Joviano



[1] Nota da organizadora: as mensagens de 27/08/1941 e 03/09/1941 referem-se ao livro Renúncia, cuja primeira edição circulou em 1942, com prefácio datado de 11/01/1942, data de aniversário de Maria.


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