O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Senda para Deus — Autores diversos


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História de Belarmino

   1 Belarmino Fontes se fez funcionário do escritório de uma grande indústria.
2 Tinha que atender ao chefe e empresário, o engenheiro Dr. Claudiano, moço distinto, recém-casado, com vinte e seis de idade.
3 Dr. Claudiano estava atento às mínimas situações de serviço. Inteligência viva. Correção e diligência.
4 Belarmino, porém, estava habituado, há quase dez anos, à filosofia do “paletó na cadeira.”
5 Com frequência dava uma fugida aos arredores para tomar um cafezinho ou tirar uma fumaça. O chefe não concordava. E Belarmino estava longe de aceitar semelhante regime.
6 E em casa era sempre o choro:
— Dr. Claudiano é um desatino…
— Não posso admitir as exigências do chefe…
— Ganho pouco e passo o dia no aperto…
— Dr. Claudiano é mão de ferro…
7 De outras vezes, falava com mais destempero:
— Dr. Claudiano é um cínico…
8 Dona Sofia, a esposa, intervinha:
— Belarmino, não faça isso com seu chefe… Ele é humano, não estamos ricos, mas temos o necessário…
9 Vinte janeiros correram nessa lengalenga.
10 A morte buscou Belarmino aos sessenta.
Ele foi recolhido a um hospital de refazimento.
11 Se ele reclamava no Mundo Físico, piorou na Vida Espiritual. Debalde o seu mentor, o Irmão Lino, lhe solicitava paciência e aceitação.
12 Belarmino aprendeu a visitar a família, pedindo café e outras distrações.
13 Após vinte e dois anos, na condição de desencarnado ele foi conduzido pelo Mentor a um Conselho de Renovação.
14 Muito desapontado, escutou o dirigente da instituição que o informou:
— Belarmino, temos aqui todas as notas alusivas ao seu comportamento e desejamos comunicar-lhe que você tomará novo corpo na Terra, nos próximos dois meses…
— Voltarei para minha família? indagou o ex-funcionário.
— Não, Belarmino. Você será um dos bisnetos do seu antigo chefe…
— Dr. Claudiano?
— Sim.
— Para quê? Rogou ele, assustadiço.
15 E o dirigente daquela casa de orientação respondeu simplesmente:
— Para ser empresário.


Irmão X

Uberaba, 27 de janeiro de 1995.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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