O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Tudo virá a seu tempo — Mensagens familiares de Elcio Tumenas


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Aquele pessoal de Pirapitingui é para mim como se fosse uma segunda família

1 Querida mãezinha Elena, três anos quase… faltam poucos dias para rearticularmos a imagem do telhado estranho… n

2 Graças a Deus, tudo passou como num pesadelo e já nos reconhecemos juntos, através dos liames espirituais que me vinculam à família querida.

3 Segundo anotamos, a liberação do corpo físico não foi uma ocorrência tão pesada que nos enlouquecesse… A gente por aí pensa coisas e fantasia situações. 4 Habituados às ideias de punição e prêmio depois da morte do corpo, quase não sobra espaço mental para aceitarmos a realidade.

5 Ainda assim, a morte deixa de saber se nos simpatizamos ou não com ela, e age sempre no momento que supõe ser o mais justo. Agora já consigo mentalizar este raciocínio, mas sabemos que isso nos custou as lágrimas choradas por muito tempo, com as quais nos ajustamos à nova situação.

6 E me detenho nisso, ao registrar a vinda do tio Stefe, n quase que de inesperado para cá, assinalando-lhe as dificuldades na estação terminal da experiência física. Fui um daqueles que optaram pela internação dele na Casa de Nossa Senhora da Pompeia, n porquanto não havia mais tempo a fim de instalá-lo em outra parte. 7 Sei que o papai Antonio se viu golpeado de novo com o fato imprevisto, mas rogo a ele calma e aceitação. O tio está melhor, conquanto re-hospitalizado por aqui, entretanto esperamos que ele se refaça em tempo breve.

8 Estou contente vendo conosco a tia Antonina n e desejo comunicar-lhes que a tia Olga n veio em minha companhia para abraçá-las. É isso. 9 A família cresce no mundo para surgir reduzida na Espiritualidade, mas com o tempo assinalamos o movimento da ampulheta: pouco a pouco a família sofre diminuições por aí, de modo a melhorar-se onde nos achamos presentemente, enriquecendo-se na estatística. 10 Nossa querida mãezinha Elena, não quer dizer que estejamos querendo a mudança dos nossos para cá. Unicamente apontamos um fenômeno que é natural e humano.

11 A querida Babunha n vai seguindo em tratamento rigoroso n e estamos firmes ao lado dela, com todas as atenções para que se lhe amplie o tempo de permanência em nosso ambiente familiar. A Lete vai progredindo e rogamos à querida irmã otimismo e confiança na estrada à frente. Ela, por vezes, se envolve em excessivas preocupações, o que não é justo. Peço dizer-lhe que a nossa união fraterna continua inalterável.

12 Estou feliz com a colaboração junto aos nossos irmãos hansenianos. Aquele pessoal de Pirapitingui é para mim qual se fosse uma segunda famílian Muito grato ao seu carinho de mãe, associando-se aos companheiros que vão até aquele abençoado refúgio de paz e esperança distribuir bondade e encorajamento.

13 Querida mãezinha Elena, espero que me veja nesta carta mais integrado em mim próprio. Estou readquirindo todos os meus pertences espirituais, em matéria de presença psicológica, e por isso não posso ocultar a minha alegria, ao rever a confiança em seu rosto.

14 Querida mãezinha Elena, agora é o momento de ponto final, que não deixa de ser um tanto quanto parecido com a estação terminal de ônibus. A máquina faz de conta que para e recomeça no mesmo trajeto.

15 Finalizar estas notas é impossível, porque continuarão todas elas em nosso diálogo mental, a se complementarem com tudo que estou deixando de assinalar e dizer. Minhas lembranças de filho ao papai e receba, com a tia Antonina, todo o amor de seu filho, sempre o seu,


Elcinho

(27/3/1981)  


COMENTÁRIOS


1. Três anos quase… faltam poucos dias para rearticularmos a imagem do telhado estranho… - Elcio refere-se a seu desencarne já descrito em sua primeira mensagem.

2. Ao registrar a vinda do tio Stefe — referência de Elcinho ao desencarne de seu tio Stefe Tumenas, ocorrido em 22 de dezembro de 1980, em São Paulo. Stefe nasceu em 25 de dezembro de 1924 e desencarnou vítima de insuficiência cardíaca.

3. Fui um daqueles que optaram pela internação dele na Casa de Nossa Senhora da Pompeia — quando tomou ciência da gravidade do caso do irmão, o Sr. Antonio Tumenas, pai de Elcio, sentiu-se mal e quem teve de tomar todas as providências foi D. Elena, que, até receber esta mensagem, dizia não saber onde reunira forças para tal, pois socorreu o cunhado no mesmo hospital em que morreu o filho e velou o corpo no mesmo velório. Com a mensagem, ficou sabendo que o filho a houvera auxiliado em tudo. São detalhes importantes para a família, com os quais o médium Chico Xavier nunca houvera tomado contato.

4. Estou contente vendo conosco a tia Antonina — Antonina Stassola, presente à reunião no Grupo Espírita da Prece, mas que ainda não havia sido apresentada a Chico Xavier, constituindo-se em mais uma prova da autenticidade das mensagens recebidas pelo médium mineiro.

5. tia Olga - Olga Santoni, desencarnada em 21 de novembro de 1975.

6. A querida Babunha vai seguindo em tratamento rigoroso (…) — Elcio acompanhava o tratamento médico da avó, que tinha, na época, 81 anos.

7. Estou feliz com a colaboração junto aos nossos irmãos hansenianos. Aquele pessoal de Pirapitingui é para mim qual se fosse uma segunda família - Elcio se empenha tanto na assistência aos hansenianos que quase os eleva à condição de seus próprios familiares. São os resquícios do passado, aos quais já nos referimos, atuando no presente do Espírito de Elcio.

D. Elena confessa que admirou-se pelo fato de o filho ter citado o episódio do desencarne do tio, bem como a Casa Nossa Senhora da Pompeia. Essa alusão veio em boa hora, pois justamente nesses dias a mãe de Elcio andava um tanto desanimada, e essa revelação teve o condão de reanimá-la e ajudá-la a sentir seu filho próximo.

Novamente são lembrados os hansenianos, mas agora vamos encontrar os pais de Elcio participando ativamente de movimentos em prol desses doentes.


Eduardo Carvalho Monteiro


O amor é a divina comédia que garante os bens do céu.


Emmanuel/Chico Xavier


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