O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vitória — Familiares diversos


19


Waldemar Vieira

Waldemar Vieira


MENSAGEM I


1 Querida Amália e queridos filhos, n partilho as preces desta hora, rogando a Jesus nos abençoe.

2 Creio instalar me no quadro dos pais mais felizes em observando o carinho que me dedicam à memória.

3 Reconheço, hoje mais do que nunca, que a morte é um despojamento de tudo o que se acredita possuir no campo exterior da vida, mas as riquezas do coração permanecem intactas.

4 O amor que o Pai Supremo nos deu a cultivar prossegue produzindo mais amor, infinitamente.

5 Agradeço por tudo. Aniversário de renascimento, efetivamente, é uma festa.

6 A recuperação do corpo doente para quem se desvencilha de semelhante veículo, quando estragado, merece regozijo.

7 Compareço aqui com os amigos a quem me entrosei para o trabalho novo em que me encontro, e a nossa união nas lembranças mais íntimas significa em meu favor comemoração das mais ricas.

8 Vocês, filhos queridos, com a nossa Amália, me auxiliaram naquele dia a dia da liberação, à maneira de benfeitores inesquecíveis, escorando-me passo a passo, a fim de que nenhuma transformação violenta me interrompesse o desligamento calmo e gradativo do carro pesado em que transitei por aí, por tanto tempo, e ainda agora me estendem os corações e os braços para que me retome aqui, na serenidade precisa.

9 Quero corresponder ao amparo que me dispensaram, e peço a Deus me conceda a felicidade de ofertar lhes serviço na pessoa do próximo, tentando solver os meus débitos de gratidão.

10 De princípio, na Espiritualidade, é a recomposição da paz em família o assunto que nos toma de inesperado o coração, compelindo-nos a buscar o melhor meio para atingir esses fins. Feito isso, registramos em nós próprios a necessidade do trabalho, de modo a nos afastarmos da inércia que, se acalentada, se transforma em aflição inútil.

11 Graças a Deus, apoiando-me em vocês, consegui incorporar-me à equipe de ação, na qual vamos efetuando o possível no socorro e na colaboração, a benefício dos nossos irmãos que sofrem problemas e provações maiores do que os nossos.

12 Nesse posto de minha renovação, nada tenho de que me queixar, porque, com mais penetração, acompanho atualmente o sofrimento de muitos companheiros da Humanidade, destacando a Bondade de Deus que nos agraciou com tantas bênçãos.

13 Assinalando a carência e a desventura de tantos, encontrei uma escola de transformação íntima, cujo mérito nos atinge de tal modo, que acabamos por fazer um curso desconhecido na Terra: o curso do agradecimento, em cujas lições reconheçamos a extensão de nossas dívidas para com os outros, dívidas essas que se medem pelo tamanho dos bens que usufruímos ainda mesmo inconscientemente; peço, por isso, a vocês todos prestigiarem as oportunidades de fazer o bem possível.

14 Não preciso criar lições de beneficência para vocês, a esposa querida e os filhos amados que sempre foram meus professores de bondade e compreensão.

15 A fim de desfrutar a presença de Amália em meus novos caminhos e permanecer na vizinhança espiritual de vocês, aceitei encargos e serviços na própria gleba que me ser viu de moradia e, assim, vocês podem imaginar o que vou aprendendo em nossa própria Uberaba, em cujas bênçãos sempre vivi.

16 Evidentemente, estou satisfeito, como não podia deixar de ser, no entanto, é preciso aproveitar estes minutos para pedir lhes a continuidade dos diálogos construtivos com os filhos e meus netos, chamados a viver numa época bastante diversa daquela em que estive na convivência de vocês. Os filhos situados em outras cidades, quanto possível, me auxiliem e me ouçam, também.

17 Não quero vestir a roupa de conselheiro religioso para comentar semelhantes preocupações. Acontece que vocês atravessam uma época de muita insatisfação e de muito desespero, gerando violência e lutas, muitas vezes, desnecessárias.

18 Que a paciência e a calma estejam em nossos meninos e que a paz seja preservada, em nosso favor, quanto possível. Digo isto porque, ligado entranhadamente à família, as inquietações e as alegrias, as esperanças e dores de cada um dos nossos, são também minhas.

19 De nossa parte, o nosso grupo de ação está firme e pronto à colaboração, em auxílio a todos, quanto se nos faça possível. Agradeço à Wállia e à Vitória por terem vindo às nossas preces.

20 O nosso prezado Edmundo está presente e comunica à nossa Vitória que vem trabalhando com dedicação no auxílio aos outros, a fim de escrever-lhe, oportunamente, uma carta de muito carinho, através da qual não pareça unicamente um namorado fazendo serenata para a companheira, e sim também na posição de um colega de serviço, serviço esse no qual procura ele, presentemente, ombrear com ela nos mesmos propósitos de servir aos necessitados e de iluminar-se espiritualmente.

21 Agradeço muito ao Eurípedes e ao Mainho n por todas as lembranças que me dirigem. Reconheço que possa ainda tão pouco, mas sempre que nos solicitarem concurso fraterno, conservem a certeza de que estaremos no quadro de ação em que estiverem.

22 Querida Amália, compreendo todas as dificuldades espirituais que os nossos filhos, em diversos setores, atual mente atravessam. E creia que lhe compartilho do cínico instrumento de que dispomos a fim de auxiliá-los: — a oração —, com a qual pedimos a Jesus os inspire e os abençoe.

23 Todos os filhos e netos supostos ausentes aqui, se encontram conosco pela imagem, e agradeço a todos, inclusive às noras e aos genros, pelo apoio incessante que nos oferecem.

24 Muitos amigos, além do Carvalho, do Maciel e do Odilon, n estão conosco e todos lhes deixam muito carinho e agradecimentos.

25 Querida Amália, não se sinta abatida ou triste. Permanecemos juntos como sempre. Agradeço a você e aos filhos queridos a determinação de conservarmos esta casa sob a sua direção, porque isso me faz muito bem, reconhecendo que o seu coração é o ponto de reencontro para todos os nossos familiares. Deus os abençoe a todos.

26 Os nosso queridos pais Miguel e Dona Maria estão aqui. n O meu pai João Lício, igualmente. A mamãe, no entanto, está velando pelo Walfredo, ainda em luta para retornar-se totalmente. A irmã Olinda deixa-lhes muito carinho.

27 Registro os meus agradecimentos aos amigos que oram conosco; são companheiros de jornada que prezo com todo o meu coração reconhecido.

28 Amália, mais uma vez, peço a sua tranquilidade e o seu bom ânimo. A vida pede esperança e otimismo, porque, apesar dos espinhos e das provações que marcam as estradas da Terra, as bênçãos de Deus, em nosso auxílio, nunca falham.

29 A cada filho, deixo o meu carinho e o meu reconhecimento de pai. Deus nos proteja a todos.

30 Agora, para terminar, ainda é com a nossa querida Amália o meu principal assunto.

31 O aspirante a poeta não morreu em meu íntimo e o noivo de outros tempos ainda consegue imaginar galanteios para a escolhida que ama tanto.

32 Receba, pois, Amália querida, esta simples lembrança, formada de palavras e sentimentos, e impregnada de muito amor.


   33 Se guardasse em minhas mãos

  A luz da Força Divina,

  Mandava fazer estrelas

  Dos olhos desta menina.


   34 Adorei muitas Marias,

  Entre passeios e bodas;

  No entanto, a menina Amália

  Ficou por cima de todas.


   35 Ela é meu sonho e meu pão,

  Minha luz e minha prece;

  Jamais consigo esquecê-la,

  Ainda mesmo que eu quisesse.


   36 Gosto muito de meus filhos

  Com eles, Wállia e Laís,

  Porém, é junto de Amália

  Que me vejo mais feliz.


   37 Quem é que diz que morri,

  Se mais vivo me apresento?

  Estando perto de Amália,

  Tenho o Céu no pensamento.


   38 Sou muito grato a Jesus

  Na sorte a que me destina,

  Pois sou o feliz escravo

  Dos olhos desta menina.


39 Por aqui, estou no ponto final. Nada tenho a pedir, porque só me cabe agradecer a felicidade que recebo. Ainda assim, se posso registrar uma solicitação com o mais alto bom humor, rogo ao nosso Eurípedes para que me arranje uns lápis melhores da próxima vez. Custei a manejar estes palitos grossos que nada querem com escrita e papel.

40 Amália querida, para você, para os filhos queridos, para os queridos netos e para todos os nossos amigos, os agradecimentos a todos, deixando aqui, especialmente para você, muitos beijos do seu, sempre seu


Waldemar


MENSAGEM II


1 Querida Amália e queridos filhos, peço ao Senhor nos abençoe.

2 Comove-me o silêncio na prece de vocês, lembrando o amigo e pai, hoje como sempre, o servidor reconhecido.

3 Sinto-me, através da memória, à maneira de uma figura reintegrada na moldura de que já se desvencilhou, há bastante tempo.

4 Observo, porém, que o amor é invariável e que estamos todos num diálogo de família, lastimando, de minha parte, seja eu o dono aparente de monólogo escrito, sem possibilidade de entrosá-los em nossa conversação. Ainda assim, é indispensável reconhecer que existem leis e princípios a que somos impelidos a acatar e vou conversando…

5 Amália, muito grato por toda a sua dedicação. A estrutura deste quarto, em que oramos, sem maiores alterações, é o símbolo de seu devotamento de esposa e companheira, mantendo o ambiente espiritual dos dias últimos em que experimentei a fase terminal de minha travessia da vida física, de modo a retomar-me em outro nível.

6 Filhos queridos, falar-lhes ao coração, qual desejaria, é algo impraticável para mim. O tempo avançou sobre as estradas que nos cabiam trilhar, os netos queridos se nos fizeram associados na firma de ordem familiar e compreendo que não me compete outra linguagem senão aquela do amigo e do irmão, de partilha com o trabalho que escolheram nos encargos que desempenham com o melhor que se lhes faz possível oferecer ao contexto das obrigações em que se instalam.

7 Pelos fios do pensamento o nosso Walmir, João, Laius n e as filhas queridas estão presentes à nossa reunião de paz e amor.

8 O Waldir, n o Eurípedes e o Mainho fazem a representação geral e rejubilo-me com a nossa Amália por vê-los bem dispostos e atentos no campo das responsabilidades a que se ajustam.

9 À medida que os dias se desdobram aqui, na Vida Espiritual, reconhecemos que o entendimento se nos amplia constantemente e por isso sentimo-nos mais companheiros do caminho do que parentes pela consanguinidade, com o propósito de opinar nesse ou naquele campo de luta.

10 Para que não venhamos a solenizar demasiado o nosso reencontro, recordemos, Amália e eu, do tempo em que os tínhamos na condição de crianças com a disposição de decretar repreensões e conselhos ásperos, em horas difíceis…

11 Conforme observam, todos cresceram e provavelmente, somos agora, Amália e eu, os meninos que lhes recorrem aos pareceres e avisos para acertarmos com o rumo desejável nas veredas do mundo que se vão complicando, de certo, para nosso benefício geral.

12 Se aguardam do companheiro paternal determinados lembretes, não se aflijam por isso. Não tenho novidades a relacionar e se lhes posso pedir algo de novo, tomo a liberdade de solicitar-lhes para que não me aceitem por modelo a seguir, de vez que conheço de sobra as dificuldades para harmonizarmos na Terra teoria e ação, ensinamento e prática.

13 Prossigam adiante com a nobreza de intenções que lhes anoto, a cada passo, e procuremos nós todos em questões de relacionamento, o cultivo daquele tato fraterno que nos imuniza contra muitas calamidades individuais.

14 Caminhar sempre fazendo o melhor que pudermos, sem nos esquecermos da nossa condição de humanidade sujeita a erros e enfermos que terminam por lições valiosas em nosso proveito.

15 Por aqui, não temos grande diferença no padrão de vivência e luta. Sem dúvida, que certas transformações nos colhem de surpresa, impondo-nos certas alterações que os nossos mentores da Vida Maior nos auxiliam a conduzir para o bem, mas é preciso registrar que o nosso espanto máximo (pelo menos isso se deu comigo), o nosso espanto máximo é o reencontro conosco, nas mesmas características de personalidade que nos identificavam no mundo.

16 Antigamente, indagava de mim próprio, por que motivo os mensageiros espirituais nos falavam tão repetidamente e tão alto da necessidade de trabalho e de renovação íntima.

17 Aqui, felizmente, reconheci para logo que trazemos para o Mais Além aquilo que somos e o que fizemos de nós.

18 E em meu caso, o que mais me doeu é que não pude formular qualquer racionalização, com respeito ao tempo, de vez que muito tempo me foi concedido para realizar o que devia.

19 Não me vejam aqui esnobando humildade ou modéstia que ainda não adquiri. Expresso-me, ao modo de um viajante que alinha as próprias notícias, para os entes amados, sem qualquer inclinação à fantasia.

20 Sei que vocês todos são criaturas de ação, à frente das realidades da vida, no entanto, quanto se lhes faça possível, cobrem de vocês mais serviço e mais ajustamento aos princípios que abraçamos. Isso é importante.

21 Quanto ao mais, vivam a existência humana, sem se violentarem, a não ser no culto da disciplina, ante os compromissos assumidos.

22 Agradeço a vocês todos quanto fazem pela tranquilidade de nossa Amália, que encontra em vocês e em nossas filhas a continuidade de nossa convivência a dois, repentinamente modificada por força da desencarnação, que me trouxe a outros quadros e experiências.

23 Tenho seguido todos os eventos familiares e felicito carinhosamente as noras, filhas que o Senhor nos concedeu. Os netos seguem orientação sadia e, quanto puderem, não lhes soneguem as conversações sobre a fé, porquanto, se o progresso material está alcançando culminâncias, o progresso por dentro de nós se marca por extrema lentidão e a verdade é que todos nós, no mundo físico, seremos testados em desafios diversos à nossa capacidade de crer, servir, trabalhar e esperar.

24 Acompanho o nosso caro Eduardo n no retomo à Espiritualidade Maior, e não preciso dizer que ele vem merecendo atenções e cuidados especiais, segundo os méritos por ele mesmo adquiridos.

25 A nossa Laís tem sido forte, mas precisa reconstituir as próprias energias combalidas com a modificação havida, quando e quanto possível; digam a ela que não seria justo prolongar tratamentos e constrangimentos físicos inúteis para o nosso irmão que voltou.

26 Foi concedido a ele o melhor no que se refere às medidas de liberação do Plano Físico e, em breve esperamos esteja ele retomando a posição de amigo e companheiro na sustentação do lar.

27 Compreendo que o nosso caro Waldir está presentemente sob a imposição de encargos diversos e, sem dúvida, seria compreensível nos alongássemos quanto à complexidade dos deveres em cujo centro foi situado pelas circunstâncias.

28 Entretanto, meu filho, conserve a riqueza da sua consciência tranquila, no campo dos problemas a que se vê quase que incessantemente chamado, e sigamos para frente; 29 em matéria de ideais político-sociais, de nossa parte, unicamente percebemos que as questões do mundo em transição se fazem enigmas de decifração muito difícil, e não nos sentimos inclinados a transitar nesse terreno escorregadio, que ainda faz parte do trabalho de todos vocês, que prosseguem nas atividades a que a Providência Divina os vinculou, transitoriamente na Terra.

30 Toda discrição é necessária e toda serenidade se nos torna precisa, a fim de marcharmos no trote dos dias, sem maiores atropelos.

31 Ignoro se, na condição de desencarnados, somos figurações ausentes do carteado de proposições e provações da Terra ou se somos pessoas que se viram repentinamente sob um regime de auto-censura, difícil de descrever.

32 Por isso, contentamo-nos em pedir-lhes calma e paciência na viagem do mundo, à maneira de motoristas ou pedestres constantemente atentos aos sinais do trânsito. O próprio trânsito é uma escola, e sei que vocês não se esquecem disso.

33 A nossa Vitória vem recebendo assistência especial do nosso prezado Edmundo, presente em nossa reunião, e esperamos que ela própria continue agindo em nosso auxílio, para que se nos faça possível auxiliá-la.

34 Convém não aceitar entrevistas com tristezas e apreensões que acabam somando angústia desnecessária. Isso é uma observação válida para nós todos.

35 Agradeço a presença de nossas queridas filhas pelo coração, Rosa e Regina, n tanto quanto a atenção carinhosa de nossas irmãs Dinah, Norma, Dagmar, Zilda e quantos corações amigos se nos associam, especialmente com a nossa Amália nas preces desta noite.

36 A Patrícia fica sendo a representante do nosso novo mundo para o qual estamos caminhando a passos rápidos. Não devo e nem posso esquecer a gentileza do amigo que se tornou um companheiro valioso de trabalho para o nosso Waldir.

37 Quanto ao mais, perdoem-me nas omissões. A citação de nomes, às vezes, é um embaraço forte para quem deseja ser simples tanto quanto possível.

38 Lá me vem ao pensamento a presença do nosso amigo Weaker, n que não posso me furtar ao prazer de mencionar, tanto quanto os amigos Celso Meirelles e estimada esposa, que nos compartilham do entendimento amigo desta noite.

39 Em nossa companhia, estão muitos amigos, incluindo o nosso caro João Lício; o nosso devotado Bembem, o Terêncio, o Odilon, o David, o Telésforo, o Lóes, e os nossos queridos amigos Miguel e Dona Maria, a nossa irmã Olinda; a irmã Francisca, sempre dedicada às tarefas de nossa estimada Rosa; o nosso Edmundo com a irmã que acompanham Vitória com muito desvelo na presente fase de recuperação, e amigos outros, companheiros que dividem conosco o reconforto da oração.

40 E agora, Dona Amália, qual será o nosso assunto mais indicado?

41 Já sei que deixamos o mundo de lado para refletir em nosso amor, sempre amor. Nos seus momentos de meditação, não se veja sozinha.

42 Apesar dos irmãos infelizes que nos penetraram a casa, quando de sua ligeira ausência por necessidades familiares, saiba que estou presente, salvaguardando, quanto possível, os nossos pertences e lembranças domésticas.

43 Não perca tempo com apreensões e saibamos viver com esperança e otimismo, confiança e alegria.

44 Não posso desenhar letras e mais letras que me exponham os sentimentos e, por isso, filhos queridos e amigos abençoados, com as minhas expressões de carinho para a nossa querida Amália, terminarei este meu relatório afetivo.

45 Creiam-me vivo e observem que, apesar das recordações em família, admito que falei o mínimo acerca da entidade imaginária a que emprestamos o nome de morte, estamos todos em plena vida e peço ao Senhor nos mantenha a todos unidos nos mesmos laços de confiança recíproca.

46 Agora, vejamos se posso impor alguma recessão ao movimento do lápis, de vez que me proponho a terminar esta carta com o carinho que a nossa querida Amália nos merece.


  47 No desejo de exaltar

  A minha Amália querida,

  Quero dizer que ela é sempre

  A força de minha vida.


  48 Os nossos filhos e netos

  São vasos de luz e ouro;

  No entanto, Amália, você

  Será sempre o meu tesouro.


  49 Vejo os céus brilhando ao longe,

  E conto estrelas aos molhos,

  Mas a luz de meu caminho

  É a menina de meus olhos.


50 Querida Amália, em seu querido coração os meus agradecimentos a todos os nossos. Muitas lembranças à Laís e Wállia. E receba, querida companheira, todo o carinho e toda a gratidão do Esposo e Amigo, companheiro e servidor sempre seu,


Waldemar


MENSAGEM III


1 Querida Amália e queridos filhos, Deus nos abençoe. Estamos juntos como sempre.

2 As histórias da desencarnação entram igualmente na rotina. Uma rotina construtiva porquanto está sempre repleta de serviço para os que estimam trabalhar.

3 Para os que fogem de servir, as diferenças não existem. Para esses companheiros, tanto vale a existência quase irresponsável no corpo físico, a que nos habituamos no mundo, quanto a continuidade da vida por aqui, onde se nos apuram a sensibilidade e a compreensão.

4 Mas estamos reunidos para construir e não nos será lícito perder o fio de nossas considerações, em nosso culto doméstico da oração.

5 Tenho estado sempre com os familiares, especialmente com a nossa Amália, cooperando, quanto se me faz possível, para que a harmonia nos presida as manifestações.

6 Estou firme. Ampliei nestes tempos últimos a minha faixa de entendimento, mas não perdi o gosto pelas observações leves, nas quais a ironia pode parecer presente. Entretanto, a ironia não está, como nunca esteve, em minhas intenções.

7 Desejo, por isso, destacar que, não obstante os progressos evidentes da Medicina, a natureza segue com os seus processos inexoráveis de mutação.

8 A Regina, a Fátima, a Patrícia, a Míriam n estão aí representando a fase primaveril da existência, mas nós outros, já caminhamos adiante no rumo de outras estações.

9 Ver a Patrícia de ontem e a de hoje, será espantar-nos com a beleza da vida. Pequenina, em nossos braços, ainda ontem, hoje retomou a posição devida às jovens que se candidatam para os concursos de beleza. É isso mesmo.

10 Tudo, no entanto, vai se transfigurando. A nossa querida Amália e a nossa estimada Vitória, estão presentemente na fase das terapêuticas. Terapêutica para conservar a normalidade orgânica, terapêutica para viver em paz com o próprio corpo, e os dias vão seguindo…

11 Isso pode facultar-lhes a medida de minhas próprias mudanças. Posso frequentar cursos de rejuvenescimento e clínicas de reajuste mental, entretanto, não desejo parecer alguém competindo nos concursos de vitalidade, porque não quero ser moço sem Amália ao meu lado, e já que precisamos dela em vida longa ao lado de vocês, na condição de nossa orientadora em família, tanto quanto na comunidade que é nossa, creio que será indispensável a minha decisão de continuar “Waldemar envelhecendo”…

12 Notem que isso é amor, mesmo, porém, Amália merece. A querida companheira tem vivido em função de nossa felicidade e por muitas sejam aqui, na Vida Espiritual, as minhas abstenções de certas vantagens, isso nada representa em confronto com a renúncia total que a nossa querida Amália tem vivido e está vivendo, apoiando-nos a existência e o próprio bem-estar.

13 Ocorre o mesmo com os filhos amigos, em matéria de ação, de vez que, sempre que isso se me faz possível, eis-me ao lado de cada um, com os amigos de que me possa valer para colaborar com vocês, nos setores de atividade profissional a que se dedicam.

14 Eurípedes, Mainho, Valmir, Waldir e os outros todos, incluindo as filhas queridas, são laços que me prendem ao cotidiano da Terra, aliás, sem qualquer sacrifício, porque pais e mães do mundo não se desvencilham facilmente desse apego compreensível a que nos vinculamos, depois de atravessar a barreira da Grande Mudança.

15 Vocês me perdoarão se é assim, no entanto, não poderia ser de outro modo. O espírito de sequência rege a vida e não seria justo que nos desligássemos da família com a indiferença da tomada de força elétrica.

16 Deus nos criou para amar-nos uns aos outros, e segundo creio para amar-nos muito mais profundamente, quando estejamos jungidos aos compromissos do lar.

17 Desse modo, querida Amália, conforme você mesma pode observar, as forças da afetividade prosseguem atuando em nós, por aqui, com inimaginável poder.

18 Agradeço a todos os filhos as alegrias que me proporcionam, especialmente, no capítulo da sustentação de suas energias para a manutenção de nosso comboio doméstico.

19 Graças a Deus, os filhos nos querem bem e são todos companheiros incondicionais de nossa tranquilidade possível.

20 Peço mesmo aos nossos médicos velarem por sua saúde e pela saúde de nossa Vitória, que vem atravessando o rio das dificuldades orgânicas, para um reajustamento integral.

21 O nosso Edmundo tem feito quanto se lhe faz possível, a fim de vê-la de ânimo fortalecido, e com a alegria recuperada, de forma integral, para viver tão feliz quanto tem sido.

22 Solicitamos de nossa Vitória a certeza de que não existem obstáculos permanentes e chegará o instante em que seremos surpreendidos com a felicidade de tê-la conosco, tão otimista como sempre foi.

23 Compreendo muitos dos entraves de que vocês são vítimas, na atualidade. Ao que me parece, a Terra vem passando por tremendo arrocho em todas as classes e em todas as situações de vivência e convivência.

24 Acompanhamos a luta a que todos os amigos se reconhecem atirados, e pedimos a Deus para que vocês todos saibam enfrentar sem queixas desnecessárias, os problemas da chamada recessão.

25 Tem-se a impressão de que todas as pessoas foram intimadas no mundo de agora, a fazer mais com o menos e, nessa difícil operação, é muito difícil conservar a paz com a onda crescente dos preços e das exigências, sempre mais constrangedoras para a vida de todos.

26 Enfim, os obstáculos são nossos e precisamos entesourar forças, a fim de superá-los com paciência e valor. Nossos esforços se conjugam e prosseguimos unidos para facear os quadros que vão surgindo à nossa frente.

27 A nossa Vitória apresenta melhoras apreciáveis e a nossa Amália tem sabido vencer os achaques e seguir adiante, com a firmeza de convicções que lhe conhecemos.

28 Com os amigos Odilon, Maciel e Carvalho vamos agindo e procurando servir na área de realizações que nos foi confiada, e estamos tranquilos, na boa luta, por uma vida melhor para os nossos descendentes e companheiros da experiência comum.

29 Felizmente, comparecemos unidos onde somos convidados a colaborar, e isso representa muita alegria em cada um de nós.

30 Dos nossos, por aqui, as notícias são razoáveis. Não preciso falar da dedicação de meus sogros amigos.

31 Quero apenas dizer-lhes que o nosso Walfredo tem estado sob a direção de nosso pai João Lício, que o nosso Eduardo vem refazendo energias e o que mais me impressiona nessa matéria de assistência entre os chamados mortos e os chamados vivos, é que se meu pai está consagrado às melhoras do Walfredo, aqui na Espiritualidade, a mãezinha Nenê se desvela com carinho igual em favor de nosso Odilon, ainda no mundo.

32 Ambos os irmãos revelam características quase idênticas. O nosso Walfredo ainda pensa em regime de penumbra, do Além para a Terra, e o nosso Odilon reflete quase que no mesmo regime de penumbra, do Plano Físico para Cá.

33 Conclusão: muita gente, ainda no mundo, está na situação dos desencarnados que anseiam pela bênção do discernimento em si mesmos. n E nada se pode fazer senão entregarmos todos à proteção da Divina Bondade, porque onde o tempo é o fator principal, para as melhoras de cada um de nós, a luta é esta e não dá outra.

34 Agradecemos a vocês pelas lembranças dos nossos Outubros e Janeiros, os tópicos do calendário que mais alto nos falam ao coração de nossa Amália e a mim mesmo. Sigamos tão unidos para a frente, como se nos faça possível.

35 Estamos com o Valmir em Bauru, tanto quanto com o nosso Waldir em Belo Horizonte, e com os demais nos pontos de serviço a que se acolhem. Nesse sentido, estivemos com os nosso queridos Eurípedes e Regina, em Camp Chesferfield e nos demais setores da passagem dos dois, através da América.

36 Vocês não avaliam o que seja a barreira dos idiomas. n Na América, percebi isto com clareza, porque não pude conversar com os amigos espirituais, senão por alguns lances de telepatias. Pronunciar nomes é um ajuste quase impossível.

37 Muita gente acredita que a morte nos fornece diplomas de “vida sabe tudo”, mas não é assim. Qualquer conquista cultural há de ser trabalhada e sofrida pelos que a desejarem possuir.

38 Mas, felizmente, tudo passou e o meu nome, silabado como numa cartilha do nosso MOBRAL, pôde ser sonorizado como esperava.

39 Vocês todos cuidem da saúde de vocês mesmos. Nada de brechas. Grandes males entram por frestas pequeninas e necessitamos aprender isso.

40 Espero que vocês não estejam interessados em minhas opiniões sobre o Brasil. n A Nação está doente e todos devemos algo fazer, a fim de reestruturar-lhe as energias. Não sendo políticos, o terreno não nos diz respeito, e assim, sabemos pensar com acerto, formulando preces pelo bem geral.

41 E, por referir-nos às preces, excetuando Amália que está comigo nas meditações e orações permanentes, noto que vocês poderiam emprestar mais tempo ao cultivo da prece, em favor de vocês mesmos, entretanto, sou eu mesmo a reconhecer que para vocês, na atualidade, isso não é tão fácil.

42 Em todo caso, é útil recordar que um dia de mais oração aparece sempre a requisitar-nos calma e coragem e se cultivamos essa bênção com mais regularidade, ela funcionará mais eficientemente, quando precisarmos dela, em problemas especiais.

43 Ainda assim, nada tenho a observar. Vocês vivam como melhor lhes pareça. Isso é o que está certo.

44 Agradeço a presença de nossa estimada amiga e irmã Dona Odete, companheira dedicada no jardim de nossa amizade. n E vou terminar, consagrando à querida Amália, algumas notas para não perder o costume.


  45 À minha querida Amália:

  Depois de muito lutar,

  Eis a verdade a que chego,

  Desde o momento em que a vi.


  46 Nunca mais tive sossego.

  A razão de tanto afeto,

  Eu mesmo não sei porque,

  Pois servindo ou descansando,

  Não me esqueço de você.


  47 Você é a minha cachaça,

  Na Terra e no Mais Além…

  Quanto mais o tempo passa,

  Mais amo a você, meu bem.


48 Antes do ponto final, o nosso pensamento em nossa Laís para dizer lhe que o Eduardo está convalescendo… sempre melhorando. E lembranças a todos.

49 Quem faz o que pode a mais não é obrigado.

50 Fico aqui, com muito carinho aos filhos e netos, noras-filhas e filhos-genros, deixando para a nossa querida Amália o coração inteiro do seu

Waldemar

Waldemar

Waldemar

Waldemar


Co-autor espiritual do livro Quem São — págs. 28-54 —, Sr. Waldemar Vieira nasceu em Campos, Estado do Rio de Janeiro, a 8 de janeiro de 1898, e desencarnou em Uberaba, a 18 de outubro de 1977, em consequência de um acidente vascular cerebral, seis anos antes, e fratura de fêmur, sete meses antes de retomar à Pátria Verdadeira.

Entusiasta da Eletrônica, foi um dos fundadores da PRE-5 — Rádio Sociedade do Triângulo Mineiro e da Escola Técnica de Comércio José Bonifácio, espírita convicto e médium passista dos mais dedicados.

Casado, em segundas núpcias, com D. Amália Tahan Vieira, residente em Uberaba, à Rua Senador Pena, 42, fone: 3332-1731.

Mensagem I, recebida a 19 de outubro de 1980.

A tônica é a mesma das páginas anteriores — um Espírito ligado entranhadamente à família, integrante da Legião dos Obreiros do Bem, volta a pedir à esposa — D. Amália — para continuar firme na sustentação do lar, abençoando os filhos, genros, noras e netos, e reafirmando que o trabalho, até o limite de nossas forças, nos afasta da inércia que, se acalentada, se transforma em aflição inútil.

Refere-se ao novo curso, desconhecido na Terra, que acabou por fazer, o do agradecimento, por verificar, na prática, que Fora da Caridade não há salvação.

Explica, mais uma vez, a razão pela qual optou pela situação de pai-perto.

Não pretendendo envergar a roupa de conselheiro religioso, reconhece que nós, aqui no Plano da matéria densa, atravessamos uma época de muita insatisfação e de muito desespero, rogando-nos paciência e calma.


1 — Wállia, Vitória e Edmundo: a) Sra Wállia Vieira Bastos, filha, casada com o Dr. José Francisco Bastos Silva, Delegado Seccional, em Araraquara, Estado de São Paulo;

b) Sra. Vitória Tahan Mendes, irmã de D. Amália, residente em Uberaba;

c) Sr. Edmundo Mendes, marido de D. Vitória, nascido e desencarnado em Uberaba, respectivamente, a 20 de fevereiro de 1905 e 14 de junho de 1970, um dos participantes de Horas de Luz — págs. 42-52.


2 — Eurípedes e Mainho:

a) Dr. Eurípedes Tahan Vieira, Cirurgião Geral e Gastrenterologista de renome internacional, professor da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, de Uberaba, e médico assistente do médium Chico Xavier;

b) Dr. Waldemar Vieira Júnior, distinto cirurgião plástico e professor universitário, residente em Cuiabá, Estado do Mato Grosso.

Sobre o Mainho, relembramos ao prezado leitor que nas duas mensagens que se encontram em Quem São, o Espírito grafou Main, conforme pudemos constatar nos próprios originais mediúnicos, e só na mensagem acima, a terceira, Mainho.

A nosso ver, este é um ponto alto de autenticidade, porque somente ele — Sr. Waldemar —; quando no mundo, tinha esse costume de chamar o filho, ora de um, ora de outro modo.


3 — Carvalho, Maciel e Odilon:

a) David de Carvalho, nascido em Redinha, Portugal, a 27 de janeiro de 1899, e desencarnado em Uberaba, a 13 de setembro de 1965, farmacêutico;

b) Francisco Maciel nasceu e desencarnou em Uberaba, respectivamente, a 8 de abril de 1900 e 10 de janeiro de 1971, comerciante, ex-Juiz de Paz e Avaliador do Banco do Brasil S.A.;

c) Dr. Odilon Fernandes nasceu em São João de Capivari, Estado de São Paulo, a 10 de outubro de 1903, desencarnando em Guarulhos, SP, a 13 de janeiro de 1973, cirurgião-dentista, professor universitário, médium espírita de efeitos físicos e fundador do Centro Espírita — Casa do Cinza —, de Uberaba, em homenagem ao pai, Sr. Ludovice Fernandes (Cinza).


4 — Miguel; Dona Maria; João Lício; Walfredo e Olinda:

a) Sr. Ragueb Tahan, conhecido por Miguel, pai de D. Amália, nascido na Síria, e desencarnado em Uberaba, a 26 de abri I de 1955;

b)Dona Maria Tahan, senhora mãe de D. Amália, nascida também na Síria, e desencarnada em Uberaba, a 30 de janeiro de 1956;

c) João Lício Vieira, pai do comunicante, nasceu em Iguape, Estado de São Paulo, e desencarnou em Uberaba, a 28 de dezembro de 1917, ex-chefe do Telégrafo, dos mais respeitados;

d) pela primeira vez, presta o Sr. Waldemar informes sobre o seu irmão Walfredo Vieira, que nasceu em Macaé, Estado do Rio de Janeiro, a 8 de maio de 1900 e desencarnou em Uberaba, a 4 de maio de 1980, e sobre a sua cunhada, irmã de D. Amália,

e) Sra. Olinda Tahan Engrácia de Oliveira, que nasceu em Santos, Estado de São Paulo, a 6 de novembro de 1904, desencarnando a 19 de maio de 1977, em Ribeirão Preto, SP.


Depois de rogar, mais uma vez, à D. Amália, a sua tranquilidade e o seu bom ânimo, já que a vida pede esperança e otimismo, enfatizando que as bênçãos de Deus, em nosso auxílio, nunca falham, o poeta autêntico de hoje e noivo de outros tempos, consegue imaginar galanteios para a escolhida que tanto ama, vazados em belíssimo poema de versos setissílabos.

Finalmente, a pitada do mais alto bom humor, destinada ao filho Eurípedes, encerrando a mensagem que tantos esclarecimentos nos trouxe, reafirmando, de forma categórica, que a vida continua além do túmulo.


Mensagem II, recebida a 24 de outubro de 1982.

1 — Walmir, João, Laius:

a) Dr. Walmir Tahan Vieira, cirurgião-dentista e professor universitário, residente em Uberlândia, Minas;

b) João Lício Vieira Neto, residente em São Paulo, Capital, distinto funcionário da Philips;

c) Laius Fernandes Vieira, também residente na Capital Bandeirante.


2 — Waldir: Dr. Waldir Vieira, Procurador Geral da Justiça em Minas Gerais e professor universitário, residente em Belo Horizonte.


3 — Eduardo e Laís:

a) Eduardo Tahan, genro e cunhado do comunicante, desencarnado em São Paulo, Capital, a 10 de outubro de 1982;

b) Sra. Laís Vieira Tahan, esposa de Eduardo Tahan, residente na Capital Paulista, filha do Sr. Waldemar Vieira.


4 — Rosa e Regina; Dinah; Norma; Dagmar Zilda e Patrícia:

a) Sra. Rosa Vieira, esposa do Dr. Waldir Vieira, residente em Belo Horizonte;

b) Srª Regina Gonçalves Vieira, esposa do Dr. Eurípedes Tahan Vieira, residente em Uberaba;

c) Srª Dinah Rezende Gonçalves, sogra do Dr. Eurípedes Tahan Vieira e mãe de D. Regina;

c) Srª Norma Soares, residente em Belo Horizonte;

d) Dagmar Aguilhera, residente em Jardinópolis, SP;

e) Zilda Batista, distinta poetisa, esposa do Sr. Weaker Batista, residente em Uberaba;

f) Patrícia Vieira, neta, filha do Dr. Eurípedes Tahan Vieira e de D. Regina.


5 — Weaker, Celso Meirelles; Bembém; Terêncio; Telésforo; Lóes; Francisca; e Rosa:

a) Sr. Weaker Batista, dedicado seareiro do Grupo Espírita da Prece, ao lado do médium Francisco Cândido Xavier

b) Celso Meirelles, agrônomo de São Paulo, esposo de D. Maria Eunice;

c) Bembém — Alcemiro José Alves —, pai de D. Dinah e avô de D. Regina, tendo desencarnado no mesmo dia em que partiu para a Espiritualidade o Sr. Waldemar Vieira — 18 de outubro de 1977.

d) Terêncio, Sr. Orlando Nascimento;

e) Telésforo, ex-oficial de Justiça da cidade do Prata, Minas;

f) José Lóes Segundo, grande amigo do comunicante;

g) D. Francisca, avó de D. Rosa, esposa do Dr. Waldir Vieira;

h) D. Rosa Vieira, esposa do Dr. Waldir, residente em Belo Horizonte.


Mensagem III, recebida a 30 de outubro de 1983.

1 — Regina; Fátima; Patrícia e Míriam: netas do comunicante.


2 — “O nosso Walfredo ainda pensa em regime de penumbra, do Além para a Terra, e o nosso Odilon reflete quase que no mesmo regime de penumbra, do Plano Físico para cá. / Conclusão: muita gente, ainda no mundo, está na situação dos desencarnados que anseiam pela bênção do discernimento em si mesmos.”: Sr. Odilon Vieira, irmão do Sr. Waldemar, nascido a 8 de julho de 1902 e desencarnado em Uberaba, a 26 de março de 1986, debaixo de acentuado processo de arteriosclerose cerebral. Importantíssimo este passo, que nos alerta quanto à necessidade do cultivo do espírito, através da prática infatigável do bem, e ao imperativo de vivenciarmos o “orai e vigiai”, enquanto estamos a caminho.


3 — “Nesse sentido, estivemos com os nossos queridos Eurípedes e Regina, em Camp Chesterfield e nos demais setores da passagem dos dois, através da América. / Vocês não avaliam o que seja a barreira dos idiomas. / Na América, percebi isto com clareza, porque não pude conversar com os amigos espirituais, senão por alguns lances de telepatia. / Pronunciar nomes é um ajuste quase impossível. / Muita gente acredita que a morte nos fornece diplomas de “vida sabe tudo; mas não é assim. / Qualquer conquista cultural há de ser trabalhada e sofrida pelos que a desejarem possuir. / Mas, felizmente, tudo passou e o meu nome, silabado como numa cartilha do nosso MOBRAL, pôde ser sonorizado como esperava.”: Com efeito, não somente o Dr. Eurípedes Tahan Vieira nos confirmou, pessoalmente, este trecho, mas sua esposa, D. Regina, fez questão de nos fornecer, por escrito, um depoimento sobre o assunto, tão impressionada ficou, naquela noite, no Chesterfield Spiritualist Center, no Estado de Indiana, depois de terem — ela e Dr. Eurípedes — se avistado com o Sr. Salim Haddad, fundador do Christian Spirit Center (P.O. Box 114, Elon College, N.C. 27244, U.S.A.), que, em 1986, editou o Nosso Lar, de André Luiz, através do médium Francisco Cândido Xavier, em inglês — The Astral City — The story of a doctors odyssey in the Spirit World.

Sugerindo ao leitor percorrer as páginas 97-104 do Anuário Espírita 1964 (Ano I, Nº 1, 1964, IDE, Araras, SP), onde há excelente reportagem de Maria Aparecida Pimentel Gonçalves, intitulada “Chestertield Spiritualist Camp”, transcrevamos o sucinto depoimento de D. Regina:

“No mês de julho de 1983, foi realizada a sessão espírita mencionada pelo meu sogro, Sr. Waldemar Vieira, onde, através de voz direta, meu sogro se comunicou comigo.

Realmente, as dificuldades relatadas pelo Sr. Waldemar, no que diz respeito à barreira da linguagem, foram por mim constatadas.


Regina H. G. Vieira.”


4 — “Espero que vocês não estejam interessados em minhas opiniões sobre o Brasil. / A Nação está doente e todos devemos algo fazer, a fim de reestruturar-lhe as energias. / Não sendo políticos, o terreno não nos diz respeito, e assim, sabemos pensar com acerto, formulando preces pelo bem geral.”. Lembrete dos mais oportunos para todos nós que, apesar de já termos lido e compreendido o Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, do Espírito de Humberto de Campos, através do médium Francisco Cândido Xavier, onde tomamos conhecimento dos destinos do Brasil, depois que o Divino Mestre transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore magnânima do seu Evangelho, e que Ismael, Espírito de Luz, recebeu das mãos compassivas do Senhor o lábaro que o transformou em zelador dos patrimônios imortais do nosso País, ao invés de orarmos, não somente nos Centros Espíritas, mas em nossos redutos domésticos, durante os Cultos de Evangelho no Lar, pelos que detêm as rédeas do Governo, às vezes, com frequência, entramos nas faixas da crítica destrutiva. Que possamos, pois, orar pelos que nos governam, já que sabemos, através da Doutrina abençoada que esposamos, que a Lei do Merecimento, por ser natural, é uma realidade a que não podemos fugir.


5 — “Agradeço a presença de nossa estimada amiga e irmã Dona Odete, companheira dedicada no jardim de nossa amizade.”: Trata-se da vizinha de D. Amália e amiga da família, Sra. Professora Odete Carvalho de Camargos, exímia pianista e fundadora do Instituto Musical Uberabense, cujos trinta anos de serviços prestados à vasta região do Triângulo Mineiro, foram comemorados em 1986, com excelente programa executado pelos seus ex-alunos e o seu brilhante corpo docente.


Que Jesus, o Divino Mestre, possa abençoar o Sr. Waldemar Vieira e todos os demais Autores Espirituais deste livro, na Espiritualidade Maior, dispensando, cada vez mais, saúde ao nosso amigo Chico Xavier, a fim de que, a 8 de julho de 1987, possa ele, com todos os seus amigos, encarnados e desencarnados, física e espiritualmente ao seu lado, comemorar o 60º aniversário de suas atividades mediúnicas ininterruptas com Jesus e Kardec.

E que cada um de nós, os seus companheiros de ideal espírita-cristão, possa dizer, enternecido:

— Ave, Chico Xavier! os que têm a felicidade de ser teus coetâneos te glorificam e saúdam!


Elias Barbosa


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