“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.” — (TIAGO, 4.14)
1 Diz o preguiçoso: “amanhã farei”.
2 Exclama o fraco: “amanhã, terei forças”.
3 Assevera o delinquente: “amanhã, regenero-me”.
4 É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
5 Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século.
6 Alma sem coragem de avançar cem passos, não caminhará, vinte mil.
7 O lavrador que perde a hora de semear, não consegue prever as consequências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
8 Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida, contudo, a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
9 Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
10 Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa, nem planam no mesmo nível. A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão.
11 Aquilo que o homem procura agora, surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
12 Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito a benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa, valorosamente, nas abençoadas horas de Hoje.
Emmanuel