O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vivendo sempre — Familiares diversos


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Marisa Lorena Babini

MENSAGEM


1 Querida mãezinha Aládia, querido papai e querido João, meu pensamento se recolhe na oração, suplicando a Jesus abençoar-nos.

2 Creiam que não me sinto capaz de escrever como desejaria. Ainda me sinto quase que naquele mesmo clima de domingo na Imigrantes.

3 O choque foi muito grande para mim, porque não esperava a campainha de renovação para assim tão cedo, no meu modo de entender…

4 Ver-me arrancada dos meus, justamente quando o nosso Alexandre era comigo e com o João a esperança de nosso futuro, me doeu de maneira inexplicável.

5 Não estou inconformada, estou surpreendida. Entretanto, rogo para que me ajudem.

6 Mamãe, a princípio, acordando num ambiente estranho, não poderia supor que me achasse em outra casa que não fosse algum Instituto para socorro de emergência, e por isso chamei por sua presença, de meu pai e pela presença do João quase que desesperadamente.

7 Foi a vovó Maria Crepaldi quem se abeirou de mim, com o intuito de pacificar-me. Acomodar-me à situação não era assim tão fácil, mesmo porque, além do marido, um filhinho estava à minha espera…

8 O resultado foi aquele pranto de criança incompreendida, que a vovó Maria se encarregou de consolar.

9 Confesso-lhes que estou melhor, mas sentindo a saudade por espinho oculto no coração. Sei, porém, graças a Deus, que tenho a obrigação de me conformar e considero isso um passo à frente para a compreensão maior.

10 Querido João, peço-lhe coragem. Reconheço que você, jovem, qual se vê, faceará obstáculos grandes em regime de solidão, no entanto, creia que a esposa e amiga de sempre estará ao seu lado em qualquer decisão que venha a assumir. Hoje creio que todas as mulheres, primeiramente são mães espirituais dos próprios esposos. E sentindo-me agora nessa condição, rogo a Jesus oriente os seus passos.

11 Apenas peço a você, se me permite fazer isso, deixar o nosso pequenino, com o papai e a querida mamãe, presentes. Eles que me criaram em seus braços repletos de amor, saberão acalentar o nosso Alexandre em seu desenvolvimento.

12 Com estas palavras não estou proclamando a nossa separação. Estou simplesmente buscando aceitar a realidade das ocorrências, de vez que me sensibiliza muitíssimo saber você ainda um tanto desarvorado. Rogo-lhes não pensarem em mim como sendo alguém cuja memória lhes deve tolher os passos.

13 Os dias são poucos de minha permanência neste novo santuário familiar em que me vejo, mas, felizmente, já consigo entender com a lucidez precisa a minha própria situação.

14 Agradeço as preces e os mimos que me ofertaram em nossas datas festivas em casa, quando os vi tristes e fatigados, ante as alegrias do Natal e do Ano Novo, mas estejam convencidos de que anseio vê-los todos bem dispostos no trabalho e confiantes na fé que abraçamos. Tudo se normaliza e o tempo de novas flores chegará para cada um de nós.

15 João querido, perdoe as minhas considerações. Falo aqui, não por esposa desinteressada, mas, sim, na condição da mulher cristã, que se vê chamada a testemunhos de fé em Deus.

16 Deus providenciará toda a renovação de que estamos necessitados. Meu abraço a todos de casa.

17 Mãezinha Aládia e papai, vovó Maria me ampara enquanto escrevo e o vovô José Lorena nos encoraja.

18 Compreendo que o meu tempo aqui está esgotado, mas não posso deixar de enviar ao querido Alexandre todo o meu coração maternal.

19 Querida mamãe, com todos os nossos e para todos os nossos, deixo a minha alma saudosa e reconhecida.

20 E pedindo a Deus amparar-nos a todos, com a vovó Maria, com o vovô José Lorena e os amigos outros, que nos fortalecem, deixa para a querida mãezinha, para o querido papai, para o querido João, todo o coração da filha e esposa reconhecida.


Marisa n


COMENTÁRIOS


Filha, esposa e mãe dedicada, Marisa incentiva seus familiares a continuarem com a vida de amor e carinho, que muito recebeu.

Externa seu coração, não como esposa ou filha, mas como mulher cristã que se viu chamada aos testemunhos de fé em Deus.

Com palavras de incentivo e coragem, traz ao seu companheiro, que lhe fora o esposo na Terra, o valor de sua presença, junto aos familiares, na continuidade dos desígnios que Deus nos reserva.

Marisa aí está, completa com informações lúcidas, a paz e a confiança em Jesus.


PESSOAS E FATOS


Marisa Lorena Babini.

Nascimento: 13.2.1955. Desencarnação: 19.11.1978.

Pais: Áureo Lorena de Souza e Aládia Crepaldi Lorena de Souza. Rua Fiorino Beltramo, 85. Osasco — São Paulo.

Esposo: João Babini.

Filho: Alexandre Lorena Babini.

Avós: Maria Crepaldi, materna, desencarnada. José Lorena, paterno, desencarnado.


Rubens S. Germinhasi


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