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Livro de Amós


TEMAS CORRELATOS: Amós. | Antigo Testamento.

O livro de Amós é o terceiro dos profetas menores. Amós profetizou depois dos reinados de Azael e Benadade (1.4), nos dias de Ozias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto (Am 1.14; 7.10; Zc 14.5), e provavelmente enquanto o reino estava em sua maior extensão (Am 6.14 comp. 2 Rs 6.25). Proferiu sua mensagem antes de Oseias entregar os discursos encarnados em Os 4-14: mas a condição social e religiosa de Israel, como refletidas nas páginas de Amós, parece não ser tão desesperada como Oseias retrata durante os anos de assassinato, conflito, e desgoverno que seguiu sobre a morte de Jeroboão II; e Amós não faz, como Oseias nos caps. Os 4-14, alusão às invasões assírias, provavelmente porque elas não haviam começado. O tema da profecia é o julgamento do Senhor (cap. 1.2 comp. Joel, 3.16); e o livro consiste em três partes: 1. Introdução (caps. 1-2). 2. Três discursos (caps. 3-6), seguido por uma série de cinco visões (caps. 7-9). Estas primeiras duas partes do livro são denunciatórias, e cada subdivisão termina com o anúncio de julgamento para vir. 3. Promessas (capítulo 9.8-15).


1. Na seção introdutória (cap. 1; 2.11,16) o profeta anuncia o julgamento sobre seis nações vizinhas gentílicas, sobre Judá, e finalmente sobre Israel. As primeiras sete denúncias são cingidas em sete estrofes com precisamente a mesma estrutura, são abertas e fechadas da mesma maneira, e são ligadas à denúncia introdutória de Israel, que elas avocam, pela fórmula familiar de abertura. O argumento parece ser: Se estas nações pagãs devem ser castigadas, tanto mais Judá devia sê-lo, que pecou contra a luz; e se Judá fosse castigada, tanto mais devia ser Israel, que pecou mais profundamente.


2. A denúncia de Israel ocupa o corpo do livro (cap. 3.1 até capítulo 9.7). Há três discursos, cada um começando com a fórmula “Ouve esta palavra” (cap. 3.1; 4.1; 5.1), seguidas por cinco visões. Na primeira visão  vorazes gafanhotos são vistos; mas pela oração do profeta Deus perdoa Israel e cessa o trabalho de devastação. Na segunda visão é visto um fogo que consome as águas e teria destruído a terra; mas outra vez pela oração do profeta, Deus faz o mal cessar. Talvez uma invasão real de gafanhotos aconteceu durante o ministério do profeta Amós, e foi seguida por uma estação de intenso calor e da seca resultante. De qualquer forma as duas visões representam julgamentos passados que aconteceu a Israel; os gafanhotos denotando invasores destrutivos, ou insetos vorazes ou exércitos hostis, e o fogo sendo um símbolo da justa indignação divina que queima contra o pecado. Mais provavelmente Amós vê nestas visões as calamidades passadas sobre que ele já discursou, que foram enviadas para advertir Israel e foram abreviadas por graça de Deus, mas falhou em trazer a nação para o arrependimento (4.6-11). Portanto o povo deve se preparar para encontrar seu Deus em julgamento (4.12). E a terceira visão, aquela do fio de prumo, mostra que um desolador julgamento certamente virá e será de acordo com a retidão (7.7-9). Neste momento o profeta foi interrompido pelo sacerdote de Betel, e proibido profetizar; mas resume seu recital. Na quarta visão uma cesta de frutas de verão é visto, indicando que Israel está maduro para o julgamento, assim, na visão de Deus já havia começado (8.1-3). Na quinta visão Jeová é visto de pé ao lado do altar, indubitavelmente aquele em Betel (cp. 3.14), e mandando golpear e matar; mostrando que a ordem está sendo emitida para o julgamento começar (9.1-4).


3. A profecia conclui com promessas (9.8-15): o exílio, só uma peneiração (8-10); restauração da casa real de David à sua antiga glória (11); extensão do reino acima da Idumeia  e outras nações pagãs (12); retorno de Israel do cativeiro (13-15). (…)  †  — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis©


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