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Mitologia egípcia


TEMAS CORRELATOS: Mitologia. | Mitologia Greco-Romana. | Mitologia Hindu.

Mitologia egípcia ou, em sentido lato, religião egípcia refere-se às divindades, mitos e práticas cultuais dos habitantes do Antigo Egito. Não existiu propriamente uma “religião” egípcia, pois as crenças — frequentemente diferentes de região para região — não era a parte mais importante, mas sim o culto aos deuses, que eram considerados os donos legítimos do solo do Egito, terra que tinham governado no passado distante. (Vide na Wikipédia: Mitologia egípcia e deuses.)


Amon ou Ámon, deus criador do universo, foi um deus da mitologia egípcia, visto como rei dos deuses e como força criadora de vida. É marido de Mut e pai de Khonsu. O seu nome significa “O Oculto”.

O deus Amon poderia ser representado de várias formas: como um animal, com um homem com cabeça de animal ou como um homem.

Os animais associados a Amon eram o ganso e o carneiro, podendo por isso o deus ser representado sob estas formas. Contudo, a representação como um ganso era rara. Como carneiro surgia como chifres curvados e com uma cauda curta (ovis platyura aegyptiaca).

Na forma híbrida podia surgir como uma homem com cabeça de carneiro.

Amon era representado com um homem com barba postiça, de pele negra ou lápis-lazúli (uma alusão ao culto de Amon como um deus celeste). A sua cabeça era encimada por um disco solar, uraeus e duas plumas. Cada uma destas plumas encontrava-se dividida verticalmente em duas secções, que refletiam a visão egípcia dualista (rio Nilo/deserto; Vida/Morte…) e horizontalmente em sete segmentos. Na parte posterior da coroa poderia levar uma fita vermelha. Na sua mão direita segurava um ankh e na esquerda o cetro uas. Em algumas representações Amon surge com um falo, em resultado da sua associação com o deus Min.  † 


Anúbis, também conhecido como Anupu, ou Anupo e cujo nome hieroglífico é traduzido mais propriamente como Anpu, é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles, das tumbas, e o juiz dos mortos. Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade (como podemos ver em muitas gravuras egípcias). Era quem guiava a alma dos mortos no Além.

Os sacerdotes de Anúbis, chamados “stm”, usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel. A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. O Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados. Apesar de muitas vezes identificado como “sab”, o chacal, e não como “iwiw”, o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente. Alguns egiptologistas se referem ao “animal de Anúbis” para indicar a espécie desconhecida que ele representava. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.

A sua mãe é Néftis, que durante uma briga com o marido Seth passou-se por Isis e teve relações com Osíris. Anúbis é pai de Qeb-hwt, também conhecida como Kebechet.  † 


Hórus (ou Heru-sa-Aset ou Her’ur ou Hrw ou Hr ou Hor-Hekenu) era o deus egípcio do céu, filho de Osíris e Ísis. Tinha cabeça de falcão e seus olhos representavam o sol e a lua. Matou Seth e tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, considerado o famoso olho de Hórus,originalmente conhecido como o Olho de Rá, que foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas.Segundo a lenda de Osíris, na sua vingança, Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus que foi substituído por este amuleto. Depois da sua recuperação, Hórus pode organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. O Olho de Hórus simbolizava poder real. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma.  † 


Ísis era uma deusa da mitologia egípcia. Foi a mulher de Osíris e era filha do deus da terra, Geb, e da deusa do céu, Nut. Era ainda mãe de Hórus e cunhada de Set. Segundo a lenda, Ísis ajudou a procurar o corpo de Osíris, que tinha sido despedaçado por seu irmão, Set. Ísis, a deusa do amor e da mágica, tornou-se a deusa-mãe do Egito.  † 


Maât  — Na mitologia egípcia, Maet ou Maat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio. É representada por uma mulher jovem portando em sua cabeça uma pluma. É irmã de Rá, o deus do Sol e esposa de Tot, o escriba dos deuses com cabeça de ibis. Com sua pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao seu Salão de Julgamento subterrâneo. Ela colocava sua pluma na balança e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos da morte. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammut (deusa do Inferno, que é parte hipopótamo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado. Como se vê, os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas.  † 


Osíris era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egito, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egipto, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.

Marido de Ísis e pai de Hórus, era ele quem julgava os mortos na “Sala das Duas Verdades”, onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia.

Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egito, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura). Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egito, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar. Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egípcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.e  † 


(ou ) é a principal divindade solar da mitologia egípcia. A forma onomástica mais correta em língua portuguesa é . foi usado durante muito tempo por influência de obras historiográficas em língua inglesa, onde a transliteração do nome do deus é Ra; porém, nas transliterações para português, Rá é apenas admissível enquanto elemento inicial ou medial de um nome egípcio, mas nunca em forma final ou isolada — daí Ramsés («nascido de Ré»), mas por exemplo, Setepenré (o nesu-biti do faraó Ramsés II, significando «o escolhido de Ré», onde surge vocalizado como Ré e não Rá)… Como uma das culturas agrícolas mais antigas e mais bem sucedidas da Terra, os antigos egípcios deram ao seu deus sol, Ré, a supremacia, reconhecendo a importância da luz do sol na produção de alimentos. † 


Serápis (em grego: Σέραπις ou Σάραπις, transl. Sérapis ou Sárapis; em latim: Serapis) foi uma divindade sincrética helenístico-egípcia da Antiguidade Clássica. Seu templo mais célebre localizava-se em Alexandria, no Egito. Seu símbolo era uma cruz. (…) Por um certo tempo, Serápis ganhou o status de deus masculino universal (“o único Zeus Serápis”), e seu culto, geralmente associado ao de Ísis, disseminou-se pelo mundo Greco-Romano.  † 


Seth é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.  †  (Seth, filho de Adão.)


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